Macau constrói complexo dedicado à cooperação sino-lusófona
A obra de concepção e construção do Complexo de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa vai custar pelo menos 598 milhões de patacas (63 milhões de euros), foi hoje anunciado.
Nove propostas foram admitidas no concurso, com os valores entre 598 milhões e 1.060 milhões de patacas (entre 63 milhões e 111,7 milhões euros), informou a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) que procedeu hoje à abertura pública dos envelopes com o preço da obra.
O complexo, com uma área de aproximadamente 14.200 metros quadrados, que vai ser erigido na Baía da Praia Grande, junto à Assembleia Legislativa, destinar-se-á a actividades relacionadas com a cooperação económica e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
O futuro complexo, além de ir ser o palco para o Fórum Macau, vai albergar o Centro de Exposição dos Produtos dos Países de Língua Portuguesa, um Centro de Serviço Empresarial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, bem como um de Formação e outro de Informações, além de um Pavilhão sobre Relações Económicas, Comerciais e Culturais entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
Vai também acolher o fundo chinês de mil milhões de dólares destinado a investimentos de e para os países lusófonos, cuja sede passou de Pequim para Macau, funcionando desde 1 de Junho no centro de apoio empresarial do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM).
A empreitada, com o prazo máximo de execução de 600 dias, deve arrancar ainda este ano, segundo a DSSOPT.
O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, presidiu à cerimónia de lançamento do complexo durante a sua visita a Macau em Outubro de 2016 para inaugurar a 5ª Conferência Ministerial do Fórum de Macau, num acto que pretendeu simbolizar "o novo patamar para Macau na criação da Plataforma de Serviços para a Cooperação Comercial entre a China e os países de língua portuguesa".
A China estabeleceu a Região Administrativa Especial de Macau (RAEM) como plataforma para o reforço da cooperação económica e comercial com os países de língua portuguesa em 2003, ano em que criou o Fórum Macau.
O Fórum Macau tem um secretariado permanente e reúne-se a nível ministerial de três em três anos.
Lusa/DI