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A cidade do futuro que a Google vai construir em Toronto

24 de fevereiro de 2020

O bairro inteligente de Quayside, em Toronto, no Canadá será um espaço urbano sustentável e moderno, com casas, lojas e escritórios localizados numa área de aproximadamente cinco hectares, planeado pelo laboratório de urbanismo da Alphabet, holding dona do Google e que propõe um marco na história do urbanismo.

O projecto que conseguiu a aprovação para avançar, terá a gestão da Sidewalk Labs, subsidiária da Alphabet e prevê a construção de 10 edifícios de uso híbrido (residencial e comercial). Todos eles devem construídos com madeira, usando a técnica conhecida como “mass timber”. Essa técnica inovadora permite que prédios inteiros sejam construídos primordialmente com troncos de madeira (incluindo as fundações) e pouquíssimo uso de metal ou concreto.

Ruas planeadas para favorecer bicicletas e peões, em vez de carros. Terá instalação de Wi-Fi por toda a região, e também de sensores para analisar “dados urbanos”, como fluxos de trânsito. Será ainda construída a nova sede da Google no Canadá.

O projecto será supervisionado pela Waterfront Toronto, entidade reguladora pública, que assumirá a liderança de todos os assuntos envolvendo dados e privacidade, além de analisar a proposta da empresa de urbanismo.

O projecto prevê uma cidade inteligente, movida por uma gestão sustentável e moderna, carros autónomos, calçadas móveis, sensores para monitorizar ruídos, tráfego e poluição e recolha de dados para melhorar cada vez mais a gestão da cidade.

O megaprojeto deve custar mais de 3,5 mil milhões de euros e, segundo uma consultoria externa, pode gerar 44 mil empregos. O projecto envolve duas regiões da cidade de Toronto e acolherá por volta de 7 mil moradores.

Apesar desta cidade que poderá revolucionar o futuro das cidades mundiais tem gerado algumas críticas e polémicas sobretudo de grupos moradores de Toronto. Entre as preocupações estão as possíveis isenções de impostos e outros benefícios que a cidade teria que conceder para abrigar o projecto. Outra preocupação, é com a privacidade das pessoas que morarem em uma área completamente coberta por câmaras e Internet e controlada por um grupo que ganha dinheiro a partir de dados dos seus usuários.