Ocupação de escritórios em Lisboa duas vezes acima do registado em 2021 e 65% acima de 2020
Até ao final de Abril, o mercado de escritórios de Lisboa registou um volume de absorção acumulado de 121.311 m2. Já o Porto registou um volume de absorção total de 14.643 m2 e segue tendência de recuperação.
De acordo com a análise da Savills ao mês de Abril, até ao final deste mês, como referido, o mercado de escritórios de Lisboa registou um volume de absorção acumulado de 121.311 m2, num total de 62 operações efectuadas. Durante o mês de Abril, os negócios responsáveis pelo maior volume de absorção foram os relativos à aquisição e ocupação da totalidade dos edifícios Aura e Echo que integram o projecto EXEO, por parte do BNP Paribas, numa área total de 38.258 m2.
Os resultados deste primeiro terço do ano reforçam o crescimento e dinamismo do mercado, uma vez que o volume de ocupação se encontra duas vezes acima do registado em 2021 e 65% acima do período homólogo de 2020.
"Continuamos a assistir à consolidação da recuperação do mercado de escritórios de Lisboa, fortemente impulsionada por operações de relocalização e renovação dos espaços das empresas. Este dinamismo deverá manter-se, agora mais apoiado no pipeline para os próximos anos", aponta Alexandra Portugal Gomes, Head of Research da Savills Portugal.
Até ao final de abril fecharam-se 62 operações, revelando um crescimento de 82% em comparação ao mesmo período de 2021. A zona Prime CBD (Zona 1) registou 24% das operações, seguida pela zona do Parque das Nações (zona 5) com 19% e do Corredor Oeste (zona 6) com 16%. A mudança de instalações foi responsável por 71% dos negócios, seguida pela expansão de área (19%) e o estabelecimento de novas empresas na cidade de Lisboa (10%).
Analisando o volume de absorção por zona de mercado, confirma-se que o Parque das Nações e as Novas Zonas de Escritórios lideram, com 40% e 31%, respetivamente.
No que se refere ao intervalo de área ocupada, o mais representativo é o que se encontra acima dos 5.000 m2, (69% do total), justificado por operações como as da Fidelidade e BNP Paribas. Quanto à absorção por setor de atividade, os setores dos Serviços Financeiros e Serviços a Empresas foram responsáveis por 79% do total.
Frederico Leitão de Sousa, Head of Corporate Solutions da Savills Portugal afirma que "os números relativos ao primeiro terço do ano confirmam que o mercado de escritórios, em Lisboa e no Porto, está a reaproximar-se dos valores registados no período de pré-pandemia. Numa análise rápida ao pipeline, poderemos ficar com a falsa impressão de que este será suficiente para colmatar a procura, mas, olhando para as percentagens elevadas de operações de pré-let e processos já em negociação, percebemos que a oferta de escritórios continua a estar aquém das reais necessidades do mercado".
Mercado de Escritórios do Porto segue tendência de recuperação
O mercado de escritórios do Porto, até ao final de abril de 2022, registou um volume de absorção total de 14.643 m2, resultante do fecho de 23 negócios, um resultado significativamente superior em comparação com mesmo período de 2021.
Estes números advêm de um mês de abril prolífico em transações, perfazendo um volume total de absorção de 8.825 m2, que por si só significou um crescimento de 52% em relação ao primeiro trimestre do ano. A CBD Boavista e Out of Town continuam a ser as zonas mais ativas, sendo que a última representou cerca de 60% do volume de absorção.
Os negócios que exerceram maior peso no volume de absorção foram a expansão de área por parte da Kuehne & Nagel, perfazendo 1,070 m2 e o estabelecimento no Porto por parte da IWG /Spaces, ocupando mais de 4,000 m2.
"O mês de Abril praticamente igualou o número de negócios que tinham sido realizados nos primeiros três meses do ano, suplantando o volume de absorção e atestando, desta forma, a actividade crescente do mercado do Porto. Gradualmente, o mercado denota uma acentuação do ritmo de crescimento", afirma Alexandra Portugal Gomes, Head of Research da Savills Portugal.