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Lisboa deixa de conseguir acolher grandes empresas

 

Lisboa deixa de conseguir acolher grandes empresas

12 de março de 2018

Os 0,7% de escritórios novos ainda disponíveis, não conseguem absorver a procura crescente das empresas, que migram para outras cidades, por falta de espaço em Lisboa.

Segundo a edição do seu estudo anual, sobre o mercado imobiliário comercial, o Prime Watch, a consultora B. Prime adianta ainda que as rendas neste segmento continuam a aumentar, mas este crescimento não parece ainda ser suficiente para estabelecer um equilíbrio entre a procura e a oferta.

O relatório avança também que se verifica um forte incremento do pré-arrendamento, por parte das empresas de maior dimensão que conseguem contornar desta forma a falta de edifícios modernos e que cumpram os requisitos de ocupação que as empresas procuram. Tendência essa que representa 71% da área dos edifícios, em construção, mas que está fora do alcance da maior parte das PME’s.

O estudo alerta para as localizações que estão em saturação, por não terem espaço disponível, nomeadamente a Zona 3 (Praça de Espanha, 2ª Circular) e Zona 5 (Parque das Nações).

Relativamente ao mercado de investimento em imobiliário comercial, que em 2017 atingiu um novo máximo de cerca de 1.900 milhões de euros, continua a atrair o interesse de diversos investidores estrangeiros, por diversas razões; uma das quais as Yields portuguesas que continuam a ser superiores comparativamente a outros países europeus.

Relativamente ao país de origem, verificou-se o regresso do Reino Unido ao topo da lista dos investidores internacionais com uma quota de mercado de 23%, no entanto o estudo realça o crescimento verificado por parte dos investidores nacionais que têm sabido aproveitar as oportunidades.

Quanto aos negócios realizados, os sectores de retalho e escritórios representam 81% dos negócios realizados em Portugal.

A B. Prime também faz uma análise sobre a performance dos fundos de investimento imobiliário, em Portugal, que em 2017 tiveram um ano de viragem. "Esta observação permite avaliar a evolução destes instrumentos, cujo montante sob gestão atingiu 10.793.6 milhões de euros. Tanto os Fundos Abertos como os Fechados mantiveram a preferência por imóveis destinados a serviços, mantendo-se a quota de 45,1% e de 31%, respetivamente. A boa prestação da economia nacional tem sido aproveitada, conforme comprova a quebra expressiva no endividamento dos FII Abertos e Fechados", esclarece a consultora.