
Faltam espaços de escritórios em Lisboa
A procura é maior do que a oferta em matéria de escritórios em Lisboa, numa altura em que o nosso mercado é cada vez mais procurado por empresas internacionais. Pedro Salema Garção, Head of Agency da Worx, revela que a crescente procura por empresas internacionais, com um forte peso do sector das TMT´s & Utilities e Empresas de Serviços, "torna absolutamente obrigatório que as suas instalações sejam o espelho da sua marca e que respondam eficazmente às necessidades de ocupação que o seu negócio exige".
Em 2016, a entrada de oferta nova no mercado foi muito diminuta, sendo este o maior fator justificativo para não haver alterações significativas nos volumes de absorção e número de operações registados ao longo do ano.
No total foram realizadas 196 operações no mercado, durante o ano de 2016. A mudança de edifício foi a principal razão da procura do mercado em 2016, com 97 operações verificadas, num total de 65 406 m2 de área ocupada.
Com a falta de entrada de oferta nova no mercado, os valores continuam em decréscimo, exercendo uma forte pressão ao nível da vacancy rate e no valor de rendas prime, que se mantém estável nos 18,5€/m2/mês. Valor justificado pela falta de oferta qualificada e necessidade de intervenção financeira para modernização dos espaços.
A Worx destaca entre as suas operações ao longo de 2016: a colocação da Teleperformance no Edifício Álvaro Pais e no Edifício Nina. A consultora imobiliária refere a colocação de uma multinacional num total de 5 889 m2 na zona 6, Edifício Elevo e, ainda, a colocação da Manpower nas Torres de Lisboa, em aproximadamente 8 000m2, como negócios de relevo ao longo de 2016.
A consultora esteve envolvida em 38% das operações entre agentes, sendo que estas representaram cerca de 80% do take up total do mercado. A quota de mercado da consultora imobiliária face às operações entre agentes rondou os 33%, o que faz da Worx uma das empresas líderes de mercado.
"Para 2017, é esperada a entrada de aproximadamente 58 000 m2 de oferta de escritórios já com ocupação. É importante sublinhar que o mercado de oferta continuará a não acompanhar o nível da procura, o que constitui um factor preocupante para este ano. Uma grande percentagem dos projectos previstos já têm contratos de pré-arrendamento definidos e a promoção especulativa pura é neste momento, praticamente inexistente. Caso, a situação continue a não se inverter a curto prazo, a atratividade do mercado de escritórios de Lisboa poderá estar comprometida", conclui Pedro Salema Garção.