Europa: absorção de escritórios desceu 4% em 2019
A absorção no mercado de escritórios europeu deverá ter atingido os 9,2 milhões de m2 até ao final de 2019, representando uma descida de 4% em relação ao volume de 9,6 milhões de m2 verificado no final de 2018 – segundo o mais recente estudo da consultora Savills. “Na Europa, a falta de espaço de qualidade disponível nos CBD (Central Business District) está a limitar as escolhas dos ocupantes, uma vez que as taxas médias de desocupação passaram de 6,1% para 5,4% nos últimos 12 meses” — refere a consultora.
A escassez de espaço disponível não só está a “empurrar” a procura de novos escritórios para mercados secundários nos quais investidores oportunistas querem encontrar imóveis para reabilitar, colocar novamente no mercado de arrendamento e vender, como também está a impulsionar uma procura crescente por espaços de escritórios flexíveis em toda a Europa.
Para Alexandra Portugal Gomes, Senior Analyst da Savills Portugal “a falta de espaços disponíveis de qualidade e com áreas destinadas, em particular, a grandes ocupantes, tem sido um dos maiores desafios colocados ao mercado de escritórios de Lisboa, que também à semelhança dos restantes mercados europeus, tem tido um comportamento muito resiliente e positivo.”
Espaços flexíveis em alta...
Segundo Mike Barnes, Associate, European Research, da Savills “a combinação de um bom nível de procura com taxas reduzidas de disponibilidade contribuiu para um crescimento acelerado do arrendamento em 2019. Com efeito, os arrendamentos de escritórios nas zonas prime CBD aumentaram 6,2%, em média, nos últimos 12 meses e situaram-se acima dos 4,0% comparando com o período homólogo de 2018”.
Para a Savills, em 2020, “é expectável que os arrendamentos de escritórios prime aumentem em média 2% nas cidades analisadas, com níveis mais fortes de crescimento do arrendamento em Estocolmo (6%), Amesterdão (6%) e Luxemburgo (6%)”. Perspectivando ainda a consultora “um crescimento vertical do arrendamento na maioria das cidades alemãs, embora a uma taxa mais baixa do que em 2019 devido a um abrandamento da economia alemã e a uma redução prevista na procura e absorção”. A maioria das cidades registará um crescimento em torno de 1% devido à falta de novos produtos especulativos no mercado.”
O ano de 2019 foi mais um ano de expansão para os escritórios flexíveis em toda a Europa. Cerca de 687.000 m² de espaços foram ocupados por operadores de escritórios flexíveis entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2019, 15% acima do nível equivalente ao mesmo período de 2018.
