Edifício histórico da Fábrica José Domingos Barreiro em Lisboa “em vias de classificação”
O edifício histórico sede da Fábrica José Domingos Barreiro, na freguesia de Marvila, em Lisboa, está “em vias de classificação”, por proposta da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC), segundo um anúncio publicado hoje no Diário da República.
A proposta é feita pelo Departamento dos Bens Culturais da DGPC no âmbito da lei n.º 107/2001, que estabelece as bases da política e do regime de proteCção e valorização do património cultural.
Começado a construir em 1887, o quarteirão da Fábrica José Domingos Barreiro tem cerca de 14 mil metros quadrados e é composto pelo edifício-sede da empresa vinícola, por um armazém e zonas onde moravam os trabalhadores.
Trata-se de um “armazém amplo, concentrado num quarteirão irregular, possuindo a zona da sede, com fachada de aparato, profusamente decorada e com a introdução de vários tipos de vãos, dinamizando a zona”.
No âmbito da abertura do procedimento, “o imóvel em vias de classificação e os localizados na zona geral de proteCção (50 metros contados a partir dos seus limites externos) ficam abrangidos pelas disposições legais em vigor” da lei n.º 107/2001.
Reward Properties proprietária do imóvel
Os elementos relevantes do processo, nomeadamente a fundamentação, o despacho, a planta do imóvel em vias de classificação e da respectiva zona geral de protecção, estão disponíveis nos ‘sites’ da DGPC, através de www.patrimoniocultural.gov.pt, e da Câmara Municipal de Lisboa, em www.cm-lisboa.pt.
Actualmente, o edifício da Fábrica José Domingos Barreiro, antigo armazém vinícola, é propriedade de uma empresa estrangeira de investimento imobiliário e, em breve, entrará em obras de renovação, que “irão manter o mesmo estilo arquitectónico, colunas, janelas e detalhes”, e passará a ter sete apartamentos de habitação – dois por piso e uma ‘penthouse’ no último andar, explicou Alan Bell, representante da empresa de investimento imobiliário.
O resto do projeto que a empresa Reward Properties, originária da África do Sul, tem planeado para o quarteirão onde em tempos funcionou o antigo armazém vinícola inclui “nova construção”, que dará origem a mais 159 apartamentos.
Alan Bell revelou que o projecto vale “no total cerca de 80 milhões de euros em vendas” e considerou que os apartamentos serão “acessíveis” para os portugueses, com preços a começar em cerca de 220 mil euros, por um estúdio.
Lusa/DI