Desafio da habitação acessível em Lisboa passa por reinventar o movimento das cooperativas
A vereadora da Habitação, Filipa Roseta, que participou entre 14 e 17 de Junho na terceira edição do Festival Internacional de Habitação Social (ISHF), em Helsínquia, anunciou que a Câmara Municipal de Lisboa vai identificar na Carta Municipal de Habitação os terrenos a disponibilizar para cooperativas e solicitar aos jovens que participem na construção dos critérios de atribuição, respeitando os princípios da sustentabilidade económica, social e ambiental.
“O desafio da habitação acessível passa por reinventar o movimento das cooperativas com o apoio e criatividade dos jovens”, afirmou Filipa Roseta na conferência “What if... we Imagined Next Generation housing with the youth?”. Na intervenção foi apresentando o modelo cooperativo como uma forma eficaz de dinamizar o mercado de habitação acessível para as gerações mais jovens.
Segundo comunicado divulgado pela autarquia de Lisboa, a delegação portuguesa em Helsínquia integrou arquitectos da autarquia e membros da GEBALIS, empresa gestora dos bairros municipais de Lisboa.
Nesta edição do festival estiveram em debate formas de valorizar a qualidade da habitação como pré-requisito para melhorar a qualidade de vida das populações. Foram abordadas políticas de habitação e apresentadas soluções inovadoras e adaptáveis a diferentes necessidades.
Em foco esteve, também, a transição energética no sector habitacional. O desafio é duplo: por um lado, fazer face ao fenómeno da pobreza energética que afeta a vida de mais de 50 milhões de lares na União Europeia e, por outro, assegurar que o custo da modernização seja suportável.
O ISHF foi criado em 2017 com o objectivo de reunir actores, provedores e promotores de habitação social de todo o mundo. O primeiro encontro foi organizado em Amsterdão (Holanda), seguido de Lyon (França). Ao longo de dez dias a cidade acolhedora torna-se uma plataforma de partilha entre inquilinos, proprietários, cooperativas habitacionais, urbanistas, promotores, gestores, arquitetos, académicos e políticos.