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Crédito consolidado pode ajudar no fim das moratórias

5 de maio de 2021

O crédito consolidado é uma das soluções possíveis para quem tem vários empréstimos, pois permite juntar vários créditos num só, com melhores condições e uma única prestação mensal mais baixa, alerta Rui Bairrada, CEO do Doutor Finanças. O responsável adianta ainda que "ao recorrer a esta solução financeira, é possível recuperar a autonomia financeira”.

O crédito consolidado é, na verdade, um novo crédito, cujo destino é liquidar os restantes créditos, tendo acesso a condições mais vantajosas. O Doutor Finança explica que esta solução tem como principal objectivo melhorar as condições financeiras. Esta é uma solução que vai, de facto, aliviar os encargos financeiros imediatos. Contudo, é preciso ter presente que para que esta solução esteja à disposição não se pode estar numa situação de incumprimento.

De realçar que, tratando-se de um novo crédito, vai ser necessário analisar o nosso perfil enquanto cliente bancário, a nossa taxa de esforço, as condições laborais em que nos encontramos de momento, entre outros factores.  

Neste contexto, a consultora indica que se pode avaliar a possibilidade do crédito consolidado com hipoteca. Neste caso é utilizado um bem imóvel (habitação própria, habitação secundária ou mesmo um imóvel de um familiar) como garantia ao empréstimo. Com esta solução existe maior probabilidade de ver o crédito aprovado. Ao dar-se esta garantia acaba-se também por conseguir uma taxa de juro mais baixa (factor fundamental para poupar dinheiro com crédito).   

"Contudo, o crédito consolidado com hipoteca, traz consigo também algumas desvantagens, como aumentar o encargo total dos créditos inicialmente mais curtos. Por exemplo, se tivermos créditos com prazos já a terminar ou mais pequenos do que os que vão ser propostos, o mais provável é que o novo crédito consolidado acabe por ter um prazo mais alargado para que consigamos ter prestações mais baixas. Nestes casos, no final das contas o crédito pode sair mais caro, porque vamos pagar mais juros", explica a consultora.

Por outro lado, o Doutor Finanças refere que se deve verificar se é possível o acesso ao crédito consolidado. Por exemplo, quem estiver em incumprimento, não consegue contrair novos créditos. Se já entrou em incumprimento terá de tentar renegociar os créditos sozinhos, directamente com a entidade com a qual entrou em incumprimento.

Esta é uma solução que permite reduzir os encargos imediatos com os créditos que se tem em mãos. Em algumas situações as poupanças podem ser significativas.

O Doutor Finanças realça ainda que, além do crédito consolidado, existem outras medidas para equilibrar as finanças. O importante é ter uma noção exacta de como estão as finanças e agir depressa. Para isso, deve começar por falar com o seu banco e perceber se, por exemplo, pode usufruir de soluções como a carência de capital ou o diferimento de capital. Há ainda a possibilidade de transferir os créditos para outras instituições, com o objectivo de aproveitar melhores condições que estejam a ser oferecidas.

"É determinante avaliarmos todas as soluções que estão à nossa disposição, até porque o poder negocial aumenta quando temos mais do que uma saída possível", admite a consultora