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Covid-19: Centros comerciais contestam eficácia da nova limitação do horário na AML

23 de junho de 2020

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) “não compreende” a nova limitação de horário imposta a estes estabelecimentos na Área Metropolitana de Lisboa (AML), alertando que, contrariamente ao pretendido, “pode potenciar uma maior concentração de pessoas”.

“Compreendemos a preocupação do Governo e das autoridades de saúde em minimizar os riscos de ajuntamentos à margem das regras em vigor, mas reiteramos que os centros comerciais, pelas características da sua operação, e por cumprirem regras de limitação de entradas, não têm nem nunca tiveram ajuntamentos”, sustenta o presidente da APCC em comunicado.

Para António Sampaio de Mattos, “limitar o horário de funcionamento dos centros comerciais na AML pode potenciar uma maior concentração de pessoas, precisamente o contrário” do que se pretende, para além de continuar “a criar factores de incerteza, com impactos negativos na operação dos centros, dos seus lojistas e na confiança dos visitantes”.

Os municípios da AML (Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira) estão desde hoje sujeitos a medidas mais restritivas numa tentativa de conter os casos de covid-19, que têm sido significativos na região.

O dirigente associativo assegura que a reabertura total dos centros comerciais, ocorrida no passado dia 01 de junho em todo o país e em 15 de Junho na AML, “tem demonstrado que os centros estão perfeitamente preparados para funcionar segundo as regras determinadas pelo Governo e pela DGS”.

A APCC é uma associação de âmbito nacional que congrega empresas investidoras, promotoras e gestoras de centros comerciais, para além de empresas de comércio a retalho e fornecedores de serviços ao setor.

Tem actualmente como associados 93 conjuntos comerciais, que integram 8.600 lojas, com uma área bruta locável (ABL) total acumulada de 3,3 milhões de metros quadrados, que diz ser representativa de mais de 90% da área bruta locável total existente em Portugal.