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Construção e Obras Públicas foi o sector que iniciou 2021 com menos insolvências

8 de fevereiro de 2021

2021 iniciou com as insolvências das empresas a aumentarem mais de 15% e as constituições com uma queda de 43%. O sector da Construção e Obras Públicas foi o que apresentou menos insolvências e menos quebras na constituição. 

De acordo com a Iberinform da Crédito y Caución, o ano abriu com um tombo nas constituições que baixaram 42,7% face a Janeiro de 2020. As insolvências, por sua vez, aumentaram 15,4%, com um total de 531 acções de insolvências, mais 71 que no período homólogo de 2020. O seu valor acumulado apresenta-se igualmente superior aos totais de 2018 (+12%) e 2019 (+26,7%).

Em Janeiro, as declarações de insolvências requeridas tiveram um crescimento homólogo de 35,4% (mais 28 empresas), enquanto as apresentações à insolvência pelas próprias empresas decresceram 6,6% (menos sete empresas) e os encerramentos com plano de insolvência caíram 71,4% face a 2020 (menos cinco acções). No período em análise foi declarada a insolvência de 323 empresas, mais 55 que em 2020. O somatório de todas as ações resulta num aumento de 15,4% no total das insolvências face a 2020.

Dos 22 distritos e regiões autónomas nacionais, doze registam aumentos (54,5%), oito decréscimos (33,4%), com duas variações nulas (9,1%). Os distritos com aumentos neste indicador representam 84,2% do total de insolvências em janeiro. Em termos absolutos, os principais aumentos registam-se nos distritos de Lisboa (mais 20) e Porto (mais 28 insolvências), seguidos de Aveiro (mais 11 insolvências) e Setúbal (mais quatro).

Em termos percentuais, os crescimentos mais significativos pertencem a Vila Real (700%), Portalegre (100%), Castelo Branco (77,8%), Guarda (66,7%), Setúbal (40%) e à região da Madeira (36,4%).Os decréscimos face a 2020 verificam-se em Braga (-83,3%), Beja (-50%), Angra do Heroísmo (-33,3%), Faro (-28%), Santarém (-28%), Viseu (-20%), Ponta Delgada (-16,7%) e Leiria (-5,9%).

Por sectores de actividade, os maiores aumentos nas insolvências encontram-se nas actividades de Electricidade, Gás, Água (+200%), Hotelaria/Restauração (+84,2%), Transportes (+38,1%), Comércio de Veículos (+36,4%), Comércio por Grosso (+24,6%), Comércio a Retalho (+16,1%) e Indústria Transformadora (+14,6%). Apenas três sectores veem o número de insolvências diminuir face a 2020: Agricultura, Caça e Pesca (-23,1%), Outros Serviços (-7,2%) e Construção e Obras Públicas (-2,9%).

Constituição de novas empresas caiu

Relativamente às constituições, no primeiro mês do ano, foram constituídas 3.144 novas empresas, menos 2.346 que em igual período do ano transacto (-42,7%). Comparativamente com 2019, a variação negativa é ainda mais acentuada (-52,8%). Esta descida está relacionada com a situação epidemiológica que o país enfrenta.

O número de constituições mais significativo verifica-se em Lisboa, com 821 novas empresas, e no Porto, com 649. Todos os distritos apresentam variações negativas com as quedas mais acentuadas a registarem-se em: Angra do Heroísmo (-61,9%), Faro (-57,8%), Lisboa (-55,3%), Portalegre (-50%), Vila Real (-50%), Coimbra (-49,4%), Setúbal (-45,4%), Guarda (-41,3%), Aveiro (-39,5%), Santarém (-37%), Braga (-35,3%), Castelo Branco (-34,3%), Viseu (-34,1%), Porto (32,6%), Beja (-32,4%), Viana do Castelo (-32,3%) e Bragança (-30,4%).

O único sector de actividade que apresenta uma variação positiva é o da Indústria Extrativa (+50%), com a criação de três novas empresas. As diminuições mais significativas verificam-se nos sectores de Transportes (-77,6%), Hotelaria/Restauração (-62,8%), Eletricidade, Gás, Água (-59,3%) e Comércio de Veículos (-47,8%). A Indústria Transformadora apresenta uma diminuição de 38,5% face ao ano passado e o sector de Construção e Obras Públicas decresce 36,2%. A criação de novas empresas na área do Comércio a Retalho decresce 23,4%.