Construção acompanha evolução positiva do PIB nacional
A estimativa rápida do Produto Interno Bruto (PIB), relativa ao 3º trimestre de 2021, aponta para um crescimento de 4,2% em termos homólogos e de 2,9% face ao trimestre anterior. Também o consumo de cimento no mercado nacional atingiu 2.868 milhares de toneladas até ao final do mês de Setembro de 2021, o que traduz um crescimento de 6,6%, face aos mesmos meses do ano anterior.
De acordo com a Análise de Conjuntura do Sector da Construção da AICCOPN/AECOPS, estes números reflectem o contexto de diminuição gradual das restrições impostas pela pandemia, bem como os impactos relacionados com a evolução dos preços dos produtos energéticos e das matérias-primas, sobretudo ao nível da evolução das importações. No que diz respeito aos principais indicadores relativos à actividade do sector, a evolução registada tem-se mantido positiva em todos os segmentos.
No que diz respeito às licenças de construção emitidas pelas autarquias nos primeiros oito meses do ano, assiste-se a um crescimento de 10,3%, em termos homólogos, fortemente influenciado pela construção nova, cujas licenças crescem 12,4%, em termos homólogos, enquanto na reabilitação se assiste a um crescimento significativo, mas menos intenso, de 4,6% em termos homólogos. De igual modo, no licenciamento habitacional apura-se um crescimento mais expressivo na construção nova do que na reabilitação, já que o número de alojamentos em construções novas licenciados cresce 11,6%, enquanto as licenças emitidas para reabilitação de habitações sobem apenas 1,7%, em termos homólogos.
O novo crédito concedido a particulares para aquisição de habitação pelas instituições financeiras totalizou 9.826 milhões de euros até agosto, o que corresponde a um acréscimo de 37,9% em termos homólogos acumulados. Quanto aos valores de avaliação bancária na habitação no mês de Setembro, regista-se um crescimento de 9,6%, em termos homólogos, em resultado de variações de 11,0% nos apartamentos e de 4,7% nas moradias, em termos homólogos.
No mercado das obras públicas, até ao final do 3º trimestre de 2021, os concursos de empreitadas abertos registam uma queda de 16,6%, em termos homólogos, totalizando 3.142 milhões de euros. No entanto, apesar desta redução ao nível dos concursos promovidos, o volume de contratos de empreitadas de obras públicas celebrado e registado no Portal Base nos primeiros nove meses de 2021, regista um aumento de 30,5%2 para 2.817 milhões de euros, mantendo-se uma evolução significativamente positiva face ao apurado em igual período de 2020.