Câmara de Azeméis e Universidade de Aveiro vão criar alojamento estudantil
A Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e a Universidade de Aveiro, que tem um polo académico nesse concelho, assinaram um consórcio para construção de uma estrutura local de alojamento estudantil, revelou hoje a autarquia.
O projecto de arquitectura ainda está a ser executado, mas, mesmo contando com os habituais prazos de concurso público e efectiva adjudicação, o presidente da Câmara de Azeméis, Joaquim Jorge Ferreira (PS), admite que gostaria “muito que a obra pudesse iniciar-se ainda durante o último trimestre deste ano”.
2,5 milhões de euros de investimento
Envolvendo um investimento estimado em 2,5 milhões de euros, o objectivo da parceria é facilitar o alojamento das centenas de alunos que, na freguesia de Santiago de Riba-Ul, frequentam a Escola Superior Aveiro Norte (ESAN), mas só conseguem aceder a quartos e apartamentos no centro de Oliveira de Azeméis, a alguns quilómetros de distância, enfrentando dificuldades de mobilidade devido à reduzida oferta de transportes públicos.
Para contornar essa situação, o consórcio agora assinado “estabelece o regime de cooperação que autarquia e Universidade de Aveiro assumem para a concretização deste projecto”, o que passa pela cedência à instituição de ensino do direito de superfície sobre um conjunto de três prédios urbanos existentes em Santiago, em concreto na Quinta de Comandante, no Lugar do Outeiro.
PRR ajuda
O acordo prevê também “a repartição do investimento a realizar, na proporção de 50% para cada uma das partes” – isto no que respeita ao esforço financeiro que não tenha enquadramento numa candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), ao abrigo do Programa de Alojamento a Custos Acessíveis.
Joaquim Jorge Ferreira acredita, contudo, que o financiamento comunitário estará disponível, uma vez que o projecto visa beneficiar os alunos da ESAN “com uma residência universitária destinada principalmente aos mais carenciados, com alojamento a preços acessíveis”.
A ser aprovado o apoio do PRR, o financiamento cobrirá “um valor fixo por cama” e a expectativa de Câmara e Universidade é “que seja possível criar cerca de 50”, sendo que a verba total destinada a cada uma já abrangerá uma percentagem relativa à despesa com edificação, mobiliário e electrodomésticos.
Para o autarca socialista, “o alojamento é uma ferramenta fundamental para a permanência de estudantes no concelho, especialmente daqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade socioeconómica”
“E este projecto apresenta um potencial enorme em termos de consolidação das políticas de acolhimento e permanência de novos alunos”, conclui.
Lusa/DI