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2019 deve fechar com novo recorde na actividade no mercado imobiliário português

 

2019 deve fechar com novo recorde na actividade no mercado imobiliário português

12 de novembro de 2019

A actividade no mercado imobiliário português poderá superar este ano os níveis de 2018, revela o “Market Update” da Cushman & Wakefield. Até Setembro foram transaccionados 1.700 milhões de euros em imobiliário comercial.

Até Setembro, foram transaccionados mais de 149.000 m² de escritórios na Grande Lisboa, num total de 130 negócios. Reflectindo a crescente entrada de grandes ocupantes, a área média por transação atingiu novo recorde histórico, situando-se nos 1.150 m², o dobro da média dos últimos 10 anos.

Retalho: operações crescem 50% face a 2018

O relatório indica ainda que entre Janeiro e Setembro de 2019 foram registados pela Cushman & Wakefield mais de 620 negócios no sector de retalho, um crescimento homólogo de 50% face a 2018. O comércio de rua continua a dominar as novas aberturas com mais de 410 novas lojas, ou seja 67% das unidades comercializadas. Por sua vez, os centros comerciais contabilizam 18% do número de operações, um valor influenciado pelos recentes projectos de expansão e/ou renovação.

Já a actividade de ocupação no sector Industrial & Logístico mantém-se abaixo das expectativas, com o volume de ocupação entre Janeiro e Setembro a situar-se nos 47.200 m², metade do que foi transaccionado em igual período de 2018. No terceiro trimestre de 2019 registou-se o segundo maior negócio do ano, respeitante à ocupação pela Sandometal de uma unidade logística com 6.300 m² na zona de Azambuja.

Investimento: escritórios e retalho continuam a impulsionar atividade

A actividade de investimento tem demonstrado uma boa performance ao longo de 2019. Até Setembro foram transaccionados 1.700 milhões de euros em imobiliário comercial, com os sectores de escritórios e retalho a revelarem-se os mais activos, atraindo respectivamente 34% e 33% do capital investido. A área de escritórios registou no terceiro trimestre o seu maior negócio, a venda do edifício Fontes Pereira de Melo 41 por parte da ECS Capital à Deka Immobilien por 125 milhões de euros. O sector de retalho protagonizou a maior operação do trimestre em análise e o segundo maior do ano, com a aquisição pela Frey dos empreendimentos comerciais Albufeira Retail Park e AlgarveShoppping por 179 milhões de euros.

Com cerca de 1.300 milhões de euros de transacções actualmente em diversos estágios de negociação, estima-se que o volume total de investimento para este ano iguale ou ultrapasse o valor de 2018, que alcançou cerca de 3.000 milhões de euros.

As prime yields mantiveram-se estáveis nos 4% em escritórios e comércio de rua, e 4,75% nos centros comerciais. A excepção foi o sector industrial, cujo valor comprimiu para os 6%.

Andreia Almeida, directora de research da Cushman & Wakefield, refere que “a maior robustez da economia e os valores de mercado praticados têm contribuído para a atractividade do mercado imobiliário, o qual, apesar de ser ainda claramente dominado pela procura internacional, tem vindo a verificar um incremento do capital nacional. Para 2020, antecipa-se uma manutenção da evolução positiva do mercado, embora a níveis mais moderados face aos últimos anos”.