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A'Tower, da Vanguard Properties

Valor dos casas de luxo em Lisboa cresceu 4,2% entre Janeiro e Junho

13 de agosto de 2024

De acordo com o mais recente estudo da Savills “Prime Residential World Cities” o valor dos imóveis do mercado residencial prime em diversas cidades de todo o mundo manteve-se resiliente durante o primeiro semestre de 2024, registando um crescimento médio do seu valor de 0,8% e superando o crescimento de 0,6% previsto para o conjunto de 2024.

60% das trinta cidades analisadas registaram um crescimento do valor, refletindo confiança nesta classe de activos. Embora sete cidades tenham reportado quedas de preços, inferiores a -1%, os sólidos alicerces dos mercados residenciais prime, poderão permitir uma possibilidade de valorização no segundo semestre do ano nestas localizações. No entanto, alguns compradores permanecem com alguma cautela enquanto se aguarda mais informação sobre as taxas de juro.

No acumulado do ano, as cidades do Sul da Europa e do Médio Oriente registaram o mais forte crescimento do valor durante os primeiros seis meses de 2024. Lisboa lidera com uma subida de 4,2% no primeiro semestre do ano. Amesterdão, Madrid e Atenas registaram aumentos de valor superiores a 3% e o Dubai completa o Top 5 com um crescimento de 2,9% nos primeiros seis meses do ano.

Em toda a região EMEA, apenas dois dos 13 mercados registaram um crescimento negativo do valor no primeiro semestre do ano. Berlim e Londres registaram ligeiras descidas de preços de -0,8% e -0,1%, respetivamente. Em Berlim, um aumento da oferta de imóveis prime em alguns bairros, sem um aumento correspondente da procura, levou a uma pressão descendente sobre os preços. Em muitos locais da Europa, especialmente no sul da Europa, onde a falta de oferta está a impulsionar o aumento dos preços dos imóveis do mercado residencial prime, os compradores americanos tornaram-se uma base de potenciais compradores chave, graças a um dólar comparativamente forte e a um crescente interesse pelo estilo de vida destas cidades.

Nos EUA, as taxas de juro persistentemente elevadas levaram o mercado imobiliário a estagnar. A prevalência da hipoteca com taxa de juro fixa a 30 anos significa que poucos estão dispostos a entrar no mercado imobiliário, especialmente se a sua hipoteca atual estiver fixada a uma taxa baixa. Como resultado, o preço dos imóveis residenciais prime caíram em três das quatro cidades norte-americanas monitorizadas, apenas São Francisco registou um crescimento positivo do valor de 0,7% no primeiro semestre do ano. Os mercados da Ásia-Pacífico registaram um desempenho mais variado. Banguecoque, Sydney e Mumbai registaram um crescimento superior a 2,5% nos primeiros seis meses de 2024 devido aos elevados níveis de procura aliados à oferta limitada. Tóquio também reportou um crescimento de preços de 1,6%.

O mercado residencial prime em diversas cidades da china continua a sentir o impacto das medidas governamentais de apoio aos mercados imobiliários, mas, no geral, pouco contribuiu para alterar a confiança dos compradores. As transações nas cinco cidades analisadas permaneceram em baixa durante o primeiro semestre do ano, com apenas Xangai a registar um crescimento positivo do valor de 0,1% durante este período. Em Hong Kong, a retirada das medidas de algumas medidas impulsionou as vendas do mercado convencional, mas as vendas prime continuam enfraquecidas dadas as elevadas taxas de juro, que estão associadas às taxas de juro da Reserva Federal dos EUA e ao o menor número de compradores da China continental. Como resultado, os valores caíram -1,1% durante o primeiro semestre do ano.

“Lisboa continua a ter uma elevada procura de imóveis prime principalmente por compradores internacionais o que tem levado à sua valorização. O facto da capital do país ter sido a cidade onde os imóveis prime mais valorizaram no primeiro semestre de 2024 revela que continua a ser uma mercado muito apetecivel e tudo indica que a procura irá continuar bastante forte até ao final do ano”, refere Alexandra Portugal Gomes, Head of Research da Savills.

Kelcie Sellers, associate director, Savills World Research, comenta: “Olhando para o futuro, prevemos um crescimento médio do valor de 0,5% para o segundo semestre do ano, o que elevaria o crescimento total de 2024 para 1,3%. Projeta-se que o atual desfasamento entre a oferta e a procura de produtos residenciais de gama alta impulsione o crescimento dos preços em cidades europeias como Amesterdão, Lisboa e Barcelona, onde se prevê um crescimento de 2% a 3,9% no segundo semestre de 2024.”