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Volume de investimento em hotelaria na Europa atingiu 16 mil milhões de euros

 

Volume de investimento em hotelaria na Europa atingiu 16 mil milhões de euros

25 de novembro de 2019

O volume de investimento em hotelaria na Europa permanece forte em 2019, atingindo perto de 16 mil milhões de euros entre Janeiro e Setembro de 2019, um crescimento de 4,3% face ao ano transacto.

De acordo com o último estudo da Savills, o interesse dos investidores continua a ser impulsionado por compradores internacionais com diversos fundos de investimento internacionais, como a AXA IM e a Aroundtown, que aplicam um capital significativo no sector hoteleiro, tendo as cidades de Londres, Paris e Alemanha sido consideradas opções de investimento “seguras” a longo prazo.

Como resultado deste aumento da procura, cinco dos 22 mercados analisados pela Savills sofreram uma compressão do rendimento em todas as estruturas operacionais no terceiro trimestre, reflectindo-se em Madrid, Lisboa, Varsóvia, Dublin e Copenhaga. No segundo trimestre, apenas Lisboa assistiu a uma compressão generalizada.

Para Richard Dawes, Savills Hotels Team Director“esta compressão de rendimento nas várias estruturas operacionais está a ser impulsionada, em parte, pelo aumento do interesse dos investidores em hotéis, falta de stock e financiamento mais económico, reflectindo-se de uma forma mais expressiva nos mercados mais maduros da Alemanha, Paris e Londres”.

Já Alexandra Portugal Gomes, Senior Analyst do departamento de Research da Savills Portugal menciona: “Em Portugal, o investimento no sector reflecte-se na implantação de novos hotéis, como também numa aposta cada vez maior na requalificação e modernização das unidades hoteleiras existentes, com o objectivo de continuar a elevar a qualidade da oferta turística e a criar novos conceitos diferenciadores”.

A Savills refere que 12 cidades tiveram uma queda de 25bps nos rendimentos prime das estruturas operacionais desocupadas/ franchisadas durante o terceiro trimestre, a par das três cidades que relataram compressão no segundo trimestre (média de 5,34% em todas as cidades). Da mesma forma, onze mercados relataram compressão nos rendimentos prime dos contratos de gestão (média de 5,81%) em comparação com apenas dois mercados no segundo trimestre. De acordo com a Savills, esta questão influencia o interesse dos investidores no sentido de subirem a curva de risco, investindo em activos não arrendados, na procura de activos de maior rendimento.

Os rendimentos prime de hotéis em estruturas operacionais arrendadas continuam a apresentar os rendimentos mais altos, com uma média de 4,26% nos 22 mercados europeus analisados pela Savills, com nove mercados a sofrer uma compressão de 25bps no terceiro trimestre de 2019. Como resultado, existem actualmente sete cidades com rendimentos prime para activos arrendados abaixo de 4%.

Marie Hickey, Savills Research Team Director, refere: “Os investidores que procuram rendimentos mais altos estão a migrar para estruturas operacionais não arrendadas em mercados estabelecidos ou a optar por observar as cidades turísticas em crescimento, como Praga, Lisboa, Varsóvia e Viena, todas com volumes de investimento hoteleiro superiores à média deste ano”.

Alberto Henriques, Senior Investment Consultant da Savills Portugal, confirma: "Este facto também é uma realidade na cidade de Lisboa, onde a elevada liquidez disponível aumenta a procura por esta classe de activos e a escassa oferta existente são uma premissa para os investidores estarem cada vez mais disponíveis a assumir um risco maior. Assistimos a um volume de investimento em hotelaria crescente no nosso país, com particular incidência não só na capital como também no Porto e Algarve. Neste sentido, obtivemos um volume de investimento superior à média europeia e tudo nos faz acreditar que este se mantenha no próximo ano. Lisboa em particular continuará no topo da lista de investidores, é uma capital europeia em ascensão também neste domínio”.