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Bahia: Grupo Vila Galé vai avançar com novo resort na Costa do Cacau

22 de novembro de 2019

O Grupo Vila Galé vai avançar com uma nova unidade hoteleira na mesma região do Brasil onde decidiu abandonar o projecto que tinha após críticas de que ia investir em potencial zona de reserva indígena.

“A desistência [desse projecto] em Una [na denominada Costa do Cacau, a 65 km a sul de Ilhéus, no Estado da Bahia] resulta de um clima que nos foi criado e que um dia ainda hei de entender porquê. Não tem base nenhuma. Era numa área que não tem vestígios nenhuns de ter tido alguma vez na vida indígenas”, disse o presidente do Vila Galé, Jorge Rebelo de Almeida, à margem do 31.º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que termina hoje em Viana do Castelo.

Em 18 de Novembro, o grupo Vila Galé anunciou que ia abandonar o projecto para a instalação de um 'resort' na região da Bahia, que esteve debaixo de críticas por estar previsto para um local de potencial reserva indígena. Argumento que sempre foi refutado pelo grupo.

“Quer o Congresso, quer a Prefeitura de Una, quer o Governo Federal, a Embratur, o Ministério do Turismo, o Ministério da Agricultura, toda a gente nos apoiou neste projecto”, reforçou Jorge Rebelo de Almeida, acrescentando que o apoio das entidades brasileiras vão levar o grupo "a fazer outro projecto na mesma região”.

O responsável admitiu que, desde a desistência em avançar com aquele 'mega resort', já lhe foram apresentadas "duas ou três novas oportunidades" e que vão avançar "com uma delas", só que "mais devagar", pois o grupo quer "estudá-las bem”, nomeadamente a nível ambiental.

“Não era justo que aquelas populações e aquela Prefeitura, com um prefeito de mão cheia, daqueles que corre atrás, que ficasse privado de uma oportunidade de ter ali um negócio para valorizar todo aquele sítio”, afirmou ainda.

 

Preocupações ambientais

A Vila Galé revelou, então, que ia ser forçada a “abandonar” o projecto, isto, “apesar de os projectos estarem aprovados e terem o apoio explícito da Prefeitura de Una, do Governo Estadual da Bahia e dos órgãos de Turismo do Governo Federal, por se tratar de uma obra de maior relevância económica e social”, acusando ainda “alguns poucos sem razão prejudicarem toda uma população que se vê privada da oportunidade de ter emprego num projecto de prestígio”.

“Não é de nosso interesse que um hotel 'resort' Vila Galé nasça com a iminência de um clima de 'guerra' ainda que injusta e sem fundamento (...)", criticou o grupo.

O empreendimento estimava criar mais de 500 empregos directos e cerca de 1.500 indirectos, segundo o Vila Galé.

Lusa/DI