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Turismo

 

Restauração e alojamento a caminho do colapso

9 de novembro de 2020

As medidas ontem anunciadas pelo Governo, que introduzem o positivo princípio da concessão de verbas a fundo perdido, são absolutamente insuficientes, alerta a AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.

 A associação revela que a grave crise económica e financeira que assola as empresas da restauração e bebidas e do alojamento turístico exige a implementação de medidas excepcionais que garantam a sua sobrevivência e a manutenção dos postos de trabalho.

As medidas apresentadas pela AHRESP no Programa de Emergência são absolutamente fundamentais para as empresas das atividades económicas mais afectadas pela crise pandémica, longa e ainda sem fim à vista, de forma a evitar insolvências em massa e despedimentos colectivos.

"É vital capitalizar as empresas, é vital dinamizar o consumo, é vital garantir os postos de trabalho. Quando a pandemia terminar, e a retoma se iniciar, é determinante ter empresas de portas abertas com os seus profissionais qualificados, para que possamos continuar a ver Portugal reconhecido como o melhor destino turístico do mundo", refere a associação.

As 10 medidas do Programa de Emergência apresentado pela AHRESP:

  1. Aplicação temporária da taxa reduzida de IVA aos serviços de alimentação e bebidas
  2. Incentivo Não Reembolsável para micro, pequenas e médias empresas
  3. Proteção do Emprego
  4. Campanha de Dinamização do Consumo
  5. Apoios específicos à Animação Noturna
  6. Moratórias Fiscais e Contributivas
  7. Moratórias sobre as Rendas
  8. Apoios Municipais
  9. Suspensão da Aplicação de Iniciativas Legais Nacionais e Comunitárias
  10. Quadro Normativo para cada um dos Estados da Pandemia

De recordar os principais resultados do Inquérito AHRESP de Outubro:

  • Quebras de faturação de 60% na Restauração e 90% no Alojamento
  • Intenção de insolvência de 41% das empresas de restauração e 19% das empresas de alojamento
  • 47% das empresas de restauração e 27% das empresas de alojamento indicaram que já efectuaram despedimentos desde o início da pandemia