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Turismo

 

Restauração e Alojamento turístico com perspectivas dramáticas para o Verão

5 de junho de 2020

O desconfinamento ainda não é total e a restauração reabre com receitas abaixo dos 10% e Alojamento Turístico perspectiva meses dramáticos na tradicional “época alta”, revela um inquérito da AHRESP.

Os resultados apurados no inquérito da AHRESP –  Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, entre 31 de Maio e 3 de Junho, revelam um cenário dramático para os próximos meses.

No sector da restauração e bebidas, 36% das empresas não reabriram a 18 de Maio. Para aquelas que reabriram, cerca de metade registou uma facturação média abaixo dos 10% das receitas habituais.

As perspectivas para os meses de verão são dramáticas. 54% não vão conseguir suportar os encargos habituais (pessoal, energia, fornecedores e outros) já em Junho, e 36% ponderam avançar para insolvência.

Para as empresas do alojamento turístico o cenário é igualmente preocupante, pois 49% continuavam encerradas no final do mês de maio.

A tradicional “época alta” será devastadora, com 30% dos inquiridos a perspectivarem uma taxa de ocupação máxima de 25%. Perante este cenário, 18% das empresas de alojamento ponderam avançar para insolvência.

Quanto aos salários de Maio, 16% das empresas não conseguiram efectuar o pagamento e 15% só o fez parcialmente.

Relativamente ao emprego, mais de 90% das empresas da actividade da restauração e bebidas não efectuaram despedimentos nos últimos três meses (Março a Maio). Contudo, 73,5% das empresas não sabem se vão conseguir manter o total dos seus trabalhadores até ao final do ano.

Relativamente aos pedidos de financiamento, cerca de 33% das empresas com processos aprovados ainda não tinham o dinheiro disponível no final de maio. O pagamento de salários foi o motivo mais referido pelo qual as empresas recorreram a financiamento.

Para as empresas do alojamento turístico o cenário é igualmente preocupante, pois 49% continuavam encerradas no final do mês de maio.

A tradicional “época alta” será devastadora, com 30% dos inquiridos a perspectivarem uma taxa de ocupação máxima de 25%. Perante este cenário, 18% das empresas de alojamento ponderam avançar para insolvência.

No que a salários e emprego diz respeito, 32% das empresas de Alojamento não conseguiram cumprir com os compromissos salariais e 10% só efectuou uma parte. Apesar de mais de 90% não ter efectuado despedimentos nos últimos 3 meses (Março a Maio), 63% das empresas não sabem se vão conseguir manter o total dos seus trabalhadores até ao final do ano.

Sobre os apoios financeiros, cerca de 35% das empresas do alojamento com processos aprovados ainda não tinham o dinheiro disponível no final de Maio. O pagamento de salários foi também o motivo mais referido pelo qual as empresas recorreram a financiamento.