Quebra na facturação de 80% para mais de 40% do alojamento turístico em Setembro
De acordo com o inquérito mensal da AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, além da quebra de facturação de mais de 80% em Setembro no alojamento turístico, 40% das empresas da restauração e bebidas e 25% do alojamento já despediram trabalhadores desde o início da pandemia.
Relativamente ao alojamento turístico, a associação revela ainda que no período do Verão (Junho a Setembro) cerca de 50% das empresas registaram quebras acima dos 75% face ao Verão de 2019-
Para o mês de Outubro, cerca de 29% das empresas estimam uma taxa de ocupação zero, e 29% das empresas perspectivam uma ocupação máxima de 10%.
Para os meses de Novembro e Dezembro a estimativa de ocupação zero agrava-se substancialmente, sendo referida por cerca de 50% das empresas.
14% das empresas declaram a intenção de avançar para a insolvência.
Quanto à questão dos salários e emprego, o inquérito indica que mais de 16% das empresas não conseguiram pagar salários em Setembro.
Desde o início do estado de emergência, cerca de 25% das empresas efectuaram despedimentos. Destas, 30% reduziram o quadro de pessoal entre 25% e 50% e mais de 25% reduziram em mais de 50% os seus postos de trabalho.
15% não vai conseguir manter os postos de trabalho até ao final do ano.
Sobre os apoios financeiros, as empresas responderam:
- Apenas 13% das empresas recorreram à linha dos 1.000 milhões de euros para micro e pequenas empresas;
- Apenas 6% das empresas já recorreram ao reforço da linha de microcrédito do Turismo de Portugal, das quais, 85% referiram ter sido nas mesmas condições que o pedido inicial;
- O pagamento de salários foi o motivo mais referido pelas empresas (80%) para terem recorrido a financiamento.
Na restauração e bebidas, mais de 63% das empresas registaram no mês de Setembro uma quebra de facturação acima dos 40%. No período do Verão (Junho a Setembro), mais de 60% das empresas registaram quebras acima dos 50%, face ao Verão de 2019. Para o último trimestre do ano (Outubro a Dezembro), mais de 52% das empresas estimam uma quebra de facturação acima dos 50%, comparado com o período homólogo.
Neste sector, 9% das empresas não conseguiram pagar salários em Setembro e desde o início do estado de emergência, cerca de 40% das empresas efectuaram despedimentos. Destas, 29% reduziram o quadro de pessoal entre 25% e 50% e cerca de 14% reduziram em mais de 50% os seus postos de trabalho;
Cerca de 18% não vão conseguir manter os postos de trabalho até ao final do ano.
Cerca de 29% das empresas recorreram à linha dos 1.000 milhões de euros para micro e pequenas empresas.
Apenas 6% das empresas já recorreram ao reforço da linha de microcrédito do Turismo de Portugal, das quais, 86% referem ter sido nas mesmas condições que o pedido inicial;
O pagamento de salários foi o motivo mais referido pelas empresas (79%), para terem recorrido a financiamento.