Preço das casas em resorts poderão subir 7,1% em 2018
De acordo com os operadores de mercado, as casas integradas em resorts deverão valorizar 7,1% este ano, revela a Confidencial Imobiliário. As expectativas destes agentes foram recolhidas no âmbito do “Resorts Market Sentiment Survey”, um inquérito iniciado no quadro do SIR- Turismo Residencial, o sistema estatístico desenvolvido pela Confidencial Imobiliário em parceria com a APR – Associação Portuguesa de Resorts, com o apoio do Turismo de Portugal.
Investidores do Reino Unido continuam maioritários, mas já não são dominantes…
Os resultados mais recentes do SIR-Turismo Residencial mostram que há uma crescente diversificação de nacionalidades a investir em imóveis de turismo residencial e que, apesar de o Reino Unido se manter como líder entre as mais de 40 nacionalidades activas no mercado, também se verifica que novos países têm vindo a ganhar quota a este mercado tradicional.
O SIR – Turismo Residencial apurou que o Reino Unido, o Norte da Europa (Benelux/Escandinávia) e a França continuam a liderar neste universo de crescente diversificação de compradores, concentrando nos últimos dois anos (2016 e 2017) cerca de dois terços das compras internacionais. Ainda assim, no conjunto dos três, a sua quota reduziu de 67% para 58%, mercê da capacidade do mercado em atrair mais nacionalidades. Um segundo pelotão, que soma cerca de 25% das compras e que ganhou quota entre 2016 e 2017, é composto pela Alemanha, Irlanda, China, Médio Oriente e América do Norte. Em 2017, surgiram também com mais força nacionalidades como a brasileira e a italiana.
Indianos, Chineses, Norte-Americanos e Russos dispostos a pagar mais caro…
No total do mercado nacional de Turismo Residencial (que contempla as zonas da Costa Atlântica, Eixo Loulé-Albufeira, Barlavento e Sotavento algarvios), o ticket médio de investimento pelos Britânicos foi de 3.400 euros/m2, acima dos 2.800 euros/m2 que em média investem os compradores Franceses ou do Norte da Europa. Com aquisições médias acima dos 5.000 destacam-se a Índia, a China, América do Norte e a Rússia, ainda que individualmente nenhum exceda uma quota de 4% dos compradores.
Segundo os dados do inquérito, “as boas perspetivas dos agentes que trabalham neste mercado devem-se, desde logo, ao facto da procura continua a superar largamente a oferta, que continua muito restringida pelo limitado número de novas promoções em curso”. “O optimismo – acrescenta o estudo - deve-se também à recuperação cambial da libra esterlina, porque influencia directamente o poder de compra dos britânicos e estes mantêm-se como o principal mercado comprador deste tipo de imóvel”.
Compra e venda: muitas vezes o negócio dá-se entre britânicos…
“A relação entre o comportamento da libra esterlina e a variação dos preços destes imóveis é muito estreita, como se viu recentemente. A desvalorização da libra face ao euro foi um dos principais motivadores para a ligeira contração dos preços das casas dedicadas ao turismo residencial que se fez sentir em 2017. Mesmo com o esforço dos operadores em rever os preços para acomodar a perda de poder aquisitivo dos Britânicos, acontece que muitas vezes estes imóveis são negociados directamente em libras pois ambos os lados do mercado são oriundos do mercado do Reino Unido. Assim, as variações cambiais não são sentidas por estas partes, mas impactam na evolução dos preços em euros”, explica Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.