Marca Selina quer investir 100 milhões de euros em Portugal
Depois de ter escolhido o Porto para abrir a 29.ª unidade hoteleira e a primeira no nosso país, a marca Selina anunciou um investimento de 100 milhões de euros para criar 7.500 camas nos próximos quatro anos, em Portugal.
“Prevemos que o desenvolvimento todo da marca em Portugal irá ascender a cerca de 100 milhões de euros”, avançou a presidente da marca Selina para Portugal, Teresa Moreira, à margem da inauguração da primeira unidade em Portugal, que nasceu na Rua das Oliveira do Porto, com 190 camas e um investimento total de 10 milhões de euros.
A Selina, empresa que nasceu em 2014 no Panamá (América Central) e cujo principal mercado é representado pelos nómadas digitais, tem previsto criar nos próximos quatro anos 7.500 camas em Portugal, acrescentou Teresa Moreira.
“Queremos ter uma oferta muita vasta”, assume a presidente da marca para Portugal, explicando que o conceito da Selina está para além do alojamento local, que oferece espaços comuns como sala de cinema, biblioteca e cozinha.
A Selina oferece também espaços abertos à comunidade local como no caso do Porto em que há um jardim interior dedicado ao bem-estar e descanso, bem como espaços para degustar alguma da gastronomia do país, para trabalhar em ‘cowork', um modelo de trabalho que se baseia na partilha de espaço e recursos de escritório e que é “apanágio da cadeia”, assumem.
O investimento dos 100 milhões de euros em Portugal passa por vários locais já identificados pela Selina.
Para além do Porto, a marca quer expandir-se para a cidade de Lisboa, com a primeira unidade prevista para abrir em Fevereiro de 2019, Ericeira, Vila Nova de Milfontes (Alentejo), Douro (Norte), Albufeira e Lagos (Algarve), Peniche (Centro) e arquipélago dos Açores, enumerou Teresa Moreira, referindo que cada Selina “adapta a sua unidade à realidade local”.
“Nós variamos entre locais remotos, onde nós podemos dar à unidade um carácter mais de retiro, como conseguimos ir para locais urbanos, ou locais focados no bem-estar e no surf, ou locais mais festivaleiros”, descreveu Teresa Moreira, sublinhando que as localizações são seleccionadas em função dos interesses do mercado dos nómadas digitais.
A marca quer criar “7.500 camas nos próximos quatro anos” e o investimento que a Selina coloca por cama é de “cinco mil euros de investimento directo”, sendo que os outros 50% são investimento da parte do ‘real state’ (imobiliário), referiu Teresa Moreira.
A empresa pretende abrir em 2019 uma segunda unidade no Porto, também na Baixa da cidade, com o objectivo de chegar às 260 camas.
A marca ambiciona abrir a segunda unidade na capital portuguesa em finais de 2020 e será “num antigo palácio”, desvendou Isabel Afonso, directora do novo hostel da Selina do Porto.
O objectivo é chegar a “2020 com um total de 54 mil camas e em 2022 estar presente em todo o mundo”, declarou Isabel Afonso, durante a apresentação da unidade do Porto, que vai dar trabalho a 25 pessoas (90% portugueses), referindo que na Europa estão a expandir-se actualmente no Reino Unido, Espanha, Grécia, e que futuro chegará também à Ásia.
O Selina do Porto, a 29.ª unidade da marca no mundo, assume que pretende propor “experiências aos hóspedes”, mas também à comunidade local, designadamente ser um espaço para os artistas locais poderem trabalhar e propor projetos.
“Queremos ser o novo espaço público da cidade, um novo jardim da cidade”, declaram durante a apresentação à comunicação social, referindo que a missão da marca é “construir um movimento global onde as pessoas possam viver, trabalhar e ter experiências, enquanto se relacionam uns com os outros”.
LUSA/DI