Grande Rota das Montanhas Mágicas já deu os primeiros passos
Num investimento global de cerca de 445 mil euros, a GR60 - Grande Rota das Montanhas Mágicas que une sete municípios quer ser uma referência nacional e internacional nas áreas do 'Cycling' e do 'Walking'.
Os amantes dos desportos de ar livre e do turismo de natureza têm a partir de agora na GR60 - Grande Rota das Montanhas Mágicas uma oferta estruturada e diferenciadora, com um traçado carregado de paisagens, história, cultura, património e recantos mágicos para explorar, que pode ser percorrido a pé ou de bicicleta (BTT), ao longo de 280 quilómetros de um percurso circular.
A inauguração aconteceu na última sexta-feira, na aldeia da Felgueira (Vale de Cambra), e levou à serra da Freita altos representantes de todas as entidades e forças vivas que se envolveram no projecto - dinamizado pela Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Serras de Montemuro, Arada e Gralheira (ADRIMAG) -, para conhecer a fundo os contornos do novo destino. Que une sete municípios (Vale de Cambra, Arouca, Castelo de Paiva, São Pedro do Sul, Castro Daire, Sever do Vouga e Cinfães) e abraça as serras da Freita, Arada, Arestal e Montemuro, assim como os vales dos rios Douro, Vouga, Paiva, Bestança, Caima e Teixeira.
O valor global de investimento de cerca de 445 mil euros, foram suportados em parte pelo Turismo de Portugal, no âmbito do Programa Valorizar – Linha de Apoio à Valorização Turística do Interior. O projecto da GR 60 é, para a Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, presente na iniciativa, um “destino de excelência”, “importante” pelas “dinâmicas que vai induzir” na região e pelos “impactos que se vão fazer notar” a vários níveis. “É um exemplo grandioso, emblemático e participado”, sublinhou a governante, da visão que “permitiu construir as parcerias necessárias” para chegar a este resultado final. Ponto de partida para novos desafios.
Para a presidente da ADRIMAG, Margarida Belém, a GR60 será uma “alavanca estruturante para a retoma da actividade turística” em toda a região do traçado. E, enfatizou, uma rota para “mover montanhas”.
A Grande Rota das Montanhas Mágicas pretende ser uma referência nacional e internacional nas áreas do 'Cycling' e 'Walking', e foi por isso que envolveu desde a génese a Federação Portuguesa de Ciclismo e a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal.
O trajecto, que está devidamente sinalizado e dispõe de vários pontos de apoio ao longo de todo o percurso, está dotado das condições necessárias à prática das modalidades em questão, promovendo práticas ambientais responsáveis.
Para João Queiroz, presidente da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, entidade responsável pela homologação dos percursos pedestres de Pequena Rota (PR) e de Grande Rota (GR), os “percursos balizados revelam-se um produto estruturante e de grande alcance” para a “promoção (eco)turística do território”. A GR60 encerra uma proposta “diferenciada e de excelência, no panorama português”, não só por se tratar de uma região especial, de montanha, com “características únicas e de grande potencial”, mas também porque agrega um “importante know-how” em torno de um projeto de desenvolvimento territorial.
Uma rota com selo de garantia
Na perspectiva do presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, a integração da Grande Travessia das Montanhas Mágicas na Rede Cyclin’Portugal (que coloca a modalidade na linha da frente daquilo que é a oferta de redes de percursos), faz com que a GR60 ganhe “um selo de garantia na segurança e na oferta de infraestruturas de apoio à prática do BTT de lazer e aventura”.
Para além disso, complementa o dirigente, “é também assegurado um acompanhamento regular, no que diz respeito à verificação da qualidade dos percursos, sendo muito importante os promotores perceberem que este tipo de infraestruturas está exposto às forças da natureza e à intervenção do ser humano, que vão deixando a sua marca nos trilhos”.
“Esta rota oferece um produto de grande qualidade, com uma notável riqueza natural e cultural. Transformará caminhos e percursos ancestrais em verdadeiros desafios de Grande Travessia, que permitirão fruir de locais até agora desconhecidos e pouco explorados pelos praticantes de BTT”, assegura Delmino Pereira, certo de que “será um elo de ligação a muitos praticantes de BTT de todo o mundo, que levarão com certeza uma mensagem de valorização desta infraestrutura e deste território como algo único.