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Fotos de Vítor Oliveira de Torres Vedras em Wikimedia

Torres Vedras: Carta Municipal de Habitação com investimento de 962 M€

19 de fevereiro de 2025

A Carta Municipal de Habitação de Torres Vedras, que entrou hoje em consulta pública e foi aprovada na última reunião de câmara, tem uma estimativa global de investimento de 962 milhões de euros (M€) até 2034.

Segundo a Carta Municipal de Habitação, a autarquia tem como principal objectivo para a próxima década aumentar a oferta de habitação pública para responder aos problemas habitacionais mais prementes e às necessidades das famílias mais vulneráveis e promover soluções habitacionais diversificadas e ajustadas à procura.

Para o efeito, estima-se um investimento de 962 M€, dos quais 68,1 M€ são do município, 53,4 M€ de outras entidades e 840 ME de privados.

A Carta Municipal de Habitação aponta para um aumento do parque habitacional em cerca de 500 fogos em 10 anos, estando previstos 82 M€ na construção de 460 novos fogos e 5,7 M€ na reabilitação de 40 fogos do parque existente.


Estátua de homenagem ao célebre ciclista Joaquim Agostinho


Está ainda previsto um investimento de 18 M€ (7,5 M€ da Câmara, 3,6 M€ do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana e 6,9 M€ de outras entidades) para apoiar 1.000 famílias a fazer obras, além de 6 M€ (3,6 M€ da autarquia e 2,4 M€ de outras entidades) para apoiar 3.500 famílias no pagamento de rendas.

Estima-se em cerca de 10.800 as respostas habitacionais para as diferentes carências e necessidades identificadas.


"O diagnóstico efectuado pelo município aponta para necessidades habitacionais da ordem das 13.000 unidades a 10 anos".

Em 30 anos, o município do distrito de Lisboa pretende amortizar o investimento efectuado, através do retorno de 18 M€ de receita de rendas a 10 anos.

A autarquia quer ainda dinamizar o parque habitacional privado, quer através da reabilitação de 1.000 fogos (50 M€ estimados) e da construção de 3.500 (71,5 M€, dos quais 62,5 M€ de privados e 9M€ do município), quer através da promoção de construção privada e cooperativa de 3.500 fogos (728 M€ de investimento estimado).

Na próxima década, com as intervenções previstas na Carta Municipal de Habitação é estimada a mobilização de cerca de 13.000 novos alojamentos, o que representa um acréscimo de 40% face aos alojamentos de residência habitual registados nos Censos de 2021.

O diagnóstico efectuado pelo município aponta para necessidades habitacionais da ordem das 13.000 unidades a 10 anos.

Entre 32.700 famílias, 4.143 vivem em alojamentos sobrelotados, 6% da população concelhia vive em habitações inadequadas por dificuldades em andar ou subir escadas e 1.140 famílias em condições de insalubridade e insegurança, ainda segundo a carta.

Dos 46.406 alojamentos do concelho, metade tem mais de 40 anos e 32,5 % apresenta necessidades de reparação, sendo que em 1.160 as intervenções a fazer são de ordem profunda. Ao todo, são 1.612 os alojamentos sem condições condignas.

Há ainda casos de pessoas a viverem em contentores, armazéns, garagens, tendas roulottes, em “condições habitacionais muito insuficientes ou totalmente inapropriadas e muitas estão sobreocupadas”.

A Carta Municipal de Habitação de Torres Vedras está em consulta pública por 30 dias úteis, de acordo com o aviso publicado hoje em Diário da República.

Lusa/DI