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Residencial, turismo e retalho impulsionam mercado imobiliário em 2025

 

Residencial, turismo e retalho impulsionam mercado imobiliário em 2025

4 de setembro de 2025

O mercado imobiliário português encerrou o primeiro semestre de 2025 com resultados positivos, sustentados sobretudo pelos sectores residencial, turismo e retalho. A conclusão é do estudo Real Estate Market Overview, divulgado pela consultora Savills, que identifica sinais de confiança transversal ao sector, embora com diferentes ritmos de crescimento em cada segmento.


Residencial em alta

Segundo o estudo, entre Janeiro e Junho foram transaccionadas 40.452 casas em Portugal, mais 19% face ao mesmo período de 2024. Lisboa liderou com 5.415 vendas (+21%), enquanto o Porto registou 3.721 negócios (+20%), no melhor semestre desde a pandemia.

Apesar da forte procura, os preços dão sinais de estabilização, incluindo no segmento de luxo, sugerindo uma moderação após anos de forte valorização. No arrendamento, a oferta disparou: +32% em Lisboa (5.355 casas) e +116% no Porto (1.646 casas), acompanhada por elevada procura e maior número de contratos celebrados.

“Portugal registou a maior subida de preços residenciais da Europa no primeiro semestre”, destacou Rita Bueri, responsável de residencial da Savills em Lisboa, sublinhando que o país continua a ser visto como destino atrcativo para viver e investir.

PortoBay Blue Ocean


Tivoli Kopke Porto Gaia


Turismo atrai investimento

A hotelaria manteve-se como motor do sector, somando 330,7 milhões de euros em investimento (+16%), equivalente a 27% do total. O semestre ficou marcado pela venda do Hotel Miragem, em Cascais, por 125 milhões de euros, e pela abertura de 21 novas unidades hoteleiras (cerca de 2.000 quartos).

Entre as inaugurações destacam-se o PortoBay Blue Ocean (Algarve), o Marriott Salgados Golf Resort (Albufeira) e o Tivoli Kopke Porto Gaia. Estão previstos mais 77 hotéis até 2026, acrescentando 7.000 quartos à oferta nacional.


Marriott Salgados Golf Resort


Retalho recupera dinamismo

No retalho, os centros comerciais registaram um aumento de 4,7% nas vendas e de 0,6% no tráfego. Já o comércio de rua continua a enfrentar escassez de espaços prime, apesar da procura crescente, sobretudo nos sectores da moda, luxo e alimentar.

Em Lisboa, as ruas Garrett, Carmo e Augusta mantêm-se entre as mais procuradas, enquanto no Porto lideram Santa Catarina, Aliados e Flores. “O comércio de rua continua no radar das grandes marcas, mas a falta de oferta de qualidade é o principal entrave à expansão”, afirmou José Galvão, responsável de retalho da Savills Portugal.