Prestação da casa desce 4 euros para créditos com Euribor a 3 e 6 meses
A prestação da casa paga ao banco vai voltar a reduzir-se em Março para os contratos indexados à Euribor a três e seis meses mas apenas em cerca de quatro euros, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.
Este é o segundo mês em que há redução destas prestações, depois de quase dois anos a subirem, e deve-se à ligeira queda das taxas Euribor que as põe a valores inferiores aos da última revisão dos contratos. Contudo, a redução é pequena face à forte subida das prestações desde 2022, que levou muitos créditos à habitação a subirem significativamente (sobretudo os mais recentes e de valor mais elevado), deixando famílias em dificuldades.
Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a seis meses e com um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 1%, vai pagar a partir de Março 796,18 euros, o que significa menos 3,93 euros do que paga desde Setembro.
Já no que diz respeito aos empréstimos indexados à Euribor a três meses, a prestação da casa – para as mesmas condições – desce para 798,19 euros, menos 4,48 euros mensais face à última revisão, em Dezembro.
No caso dos contratos indexados à Euribor a 12 meses revistos em Março ainda há um aumento da prestação uma vez que este mês a média da taxa Euribor a 12 meses ainda foi mais alta do que em Fevereiro de 2023.
Um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a 12 meses e com um ‘spread’ (margem de lucro do banco) de 1%, vai pagar a partir de março 775,34 euros, mais 12,28 euros face ao que pagava desde março de 2023.
Estas simulações foram calculadas tendo em conta as médias da Euribor no mês de Fevereiro, tendo sido a seis meses de 3,901%, a três meses de 3,923% e a 12 meses de 3,671%.
A evolução das taxas de juro Euribor está intimamente ligada às subidas ou descidas das taxas de juro directoras Banco Central Europeu (BCE).
As Euribor tiveram uma forte descida em dezembro, depois de o BCE ter decidido deixar as taxas inalteradas em outubro e dezembro e de então se prever um corte a mais curto prazo. Já nos inícios de 2024 a descida tem sido menos expressiva pois o mercado espera agora que o corte de juros pelo BCE não seja tão rápido quanto se previa.
A média da Euribor considerada para efeitos de revisão de um empréstimo de taxa variável é a do mês anterior ao da assinatura do contrato de crédito.
LUSA/DI