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Portugal precisa de mais mão de obra para concretizar investimento em habitação – afirma Luís Montenegro

20 de fevereiro de 2025

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, afirmou hoje, no Brasil, que Portugal precisa de mais mão de obra para concretizar o programa de investimento público em habitação, referindo que está a haver dificuldade em acorrer às solicitações.

"Precisamos, efectivamente, de mais capacidade, de mais capacidade empresarial, de mais capacidade de mão de obra, tal é o investimento que, eu não me importo aqui de confessar, estamos a ter dificuldade, com a nossa capacidade na indústria da construção, de poder aceder e acorrer a tantas solicitações", afirmou o primeiro-ministro, num Fórum Empresarial Brasil-Portugal, em São Paulo.

No discurso, Luís Montenegro considerou que os resultados económicos de Portugal só são possíveis graças ao "esforço de muitos estrangeiros, à cabeça dos quais estão os brasileiros" – que representam mais de metade dos imigrantes no país – "a trabalhar em Portugal, e também de muito investimento empresarial brasileiro".


Só no perímetro do Estado são 59 mil novas habitações

"Mas nós não devemos olhar para isto de forma contemplativa. Eu acho que isto ainda é pouco. Acho que ainda podemos fazer muito mais. Acho que ainda temos capacidade para acolher mais pessoas, mais talento e, sobretudo, mais empresas e mais investimento", acrescentou.

Em relação ao investimento na habitação, o primeiro-ministro português enfatizou: "Um investimento que não tem paralelo nos últimos 50 anos de vida do país, houve apenas um programa que se aproximou. E para o qual nós precisamos, efectivamente, de mais capacidade, de mais capacidade empresarial, de mais capacidade de mão de obra".

"Precisamos mesmo de mais empresas, de mais mão de obra, ainda por cima temos um calendário que não podemos ultrapassar, para nos próximos anos podermos construir, no caso concreto, só no perímetro do Estado, 59 mil novas habitações, num investimento que é superior a 4 mil milhões de euros", reforçou.

Lusa/DI