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Habitação by century 21

 

Portugal está no top 20 dos países a nível mundial cujo valor da habitação mais sobe

8 de outubro de 2024

Preço global da habitação acelera e Portugal está no top 20 dos países, a nível mundial, cujo valor mais sobe, indica a Knight Frank.

De acordo com a consultora imobiliária internacional, da qual a portuguesa Quintela e Penalva é parceira desde 2021, os preços das casas nos 56 países, aumentaram 3,3% nos 12 meses até ao final de Junho, tendo os preços aumentado 1,9% só nos últimos três meses. Assim, 74% dos mercados registaram aumentos de preços nos últimos três meses, o que representa o valor mais elevado dos últimos dois anos.

Embora a atual taxa de crescimento anual de 3,3% seja inferior à tendência registada antes da Covid, que estava nos 4,6%, o crescimento tem sido continuado desde o mínimo atingido no segundo trimestre de 2023. Já numa base trimestral, o crescimento de 1,9% está bastante acima da média pré-Covid, que era de 1,1%. Este facto aponta para o fortalecimento global do sector, com 74% dos mercados a registaram aumentos de preços nos últimos três meses, sendo o mais elevado em dois anos.

Estes dados constam do Global House Price Index, o mais recente relatório de análise de mercados imobiliários da Knight Frank, que identifica ainda que dos 56 mercados analisados, a Turquia é o país cujo preço da habitação mais cresceu. No entanto, com a economia a passar por uma segunda ronda de elevada inflação, os preços estão a cair cerca de 14% ao ano em termos reais, ajustados pela inflação.

Segue-se a Polónia e a Bulgária, situação que reflete o aumento demográfico nestes dois países e a procura de casas.

Já Portugal encontra-se no top 20 dos países cujos preços mais sobem, ocupando o 16º lugar, à frente de países como Singapura, Brasil, Espanha, Japão ou os Estados Unidos. Em Portugal a média da subida de preço é de 6,6% a um ano, 5,3% a seis meses e 2,4% a três meses.

Por seu turno os países que vêm os preços das casas a diminuir são apenas 13. Hong Kong lidera os países onde os preços mais descem (12,7 a 12 meses), seguida do Luxemburgo (10,9%).

Mercados em recuperação

O mercado dos EUA continua a registar um forte crescimento, com um aumento anual de 5,5% numa base anual. Parte deste crescimento deve-se à descida das taxas hipotecárias, mas a maior parte resulta do aumento da procura e da oferta limitada de habitação. Esta questão é agravada pelas taxas de longo prazo muito baixas de que beneficiam os atuais proprietários e da liquidez do mercado. No entanto, as taxas precisam de cair muito mais para que os volumes de vendas comecem a normalizar-se.

“A redução das taxas de juro está a apoiar o aumento dos preços da habitação a nível mundial. O ritmo deste crescimento será limitado pelo ritmo da atividade dos bancos centrais, mas também pela intervenção governamental, que, como se pode ver na China, Hong Kong e Polónia, está a tornar-se uma área política muito mais ativa. As entidades reguladoras estão a tentar melhorar o acesso aos mercados e aumentar o volume de construção de casas”, explica Liam Bailey, diretor mundial de investigação da Knight Frank.

Na perspectiva de Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva, parceiro em Portugal da Knight Frank, “este crescimento dos preços em Portugal mostra que o mercado nacional continua a ser atrativo para investimentos estrageiros, e que a nossa estabilidade económica dá sinais positivos sobre o mercado.”