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Oferta de casas para venda no país cai pelo terceiro trimestre consecutivo

 

Oferta de casas para venda no país cai pelo terceiro trimestre consecutivo

16 de julho de 2025

No 1º trimestre deste ano, a oferta de habitação para venda em Portugal Continental caiu 3% face ao trimestre anterior, considerando o stock de fogos do SIR - Sistema de Informação Residencial, revela a Confidencial Imobiliário. Este é o terceiro trimestre consecutivo em que a oferta decresce, depois de um período de dois anos em que o stock para venda cresceu cerca de 36%. A redução da oferta é observada desde o 3º trimestre do ano passado, com quebras em cadeia da ordem dos 2% a 3%.

“Esta diminuição da oferta coincide com a aceleração das vendas residenciais, que registaram uma forte intensificação no mesmo período, atingindo mesmo um pico de 43.000 habitações transaccionadas no 4º trimestre de 2024. Ou seja, a retoma da procura acabou por reduzir a oferta existente no mercado, o que é expetável face a um stock que continua a ser dominado pela habitação usada e onde a reposição por via dos fogos novos se mantém pressionada", revela Ricardo Guimarães, Director da Confidencial Imobiliário.

E acrescenta: “Esta diferença no comportamento dos fluxos de oferta e de procura acentuou a curva de crescimento dos preços que, em termos trimestrais, acelerou de 2,5% no 3º trimestre de 2024, para 4,1% no trimestre seguinte e novamente para 6,6% no 1º trimestre de 2025. Neste período, a taxa de variação homóloga praticamente duplicou, de 8,3% para 15,8%”.

A região de Lisboa acompanha a tendência nacional, com uma redução trimestral de 6% da oferta no 1º trimestre de 2025 relativamente ao trimestre anterior, igualmente coroando três trimestres de decréscimo. Pelo contrário, a região do Porto consolida o percurso de reforço da oferta visível desde o final de 2022 e o qual foi especialmente vigoroso no 1º trimestre deste ano. Nesse período, o stock para venda na Área Metropolitana do Porto aumentou 11% face ao trimestre anterior, traduzindo a forte dinâmica de lançamento de obra nova, conforme sinalizado pela informação do Pipeline Imobiliário, de acordo com a qual o Porto e Vila Nova de Gaia lideraram, em 2024, o investimento em nova promoção residencial a nível nacional, com 3.400 novos fogos em pipeline cada.