Mercado global de imóveis de ultra luxo ultrapassa os 9 mil milhões de dólares no 1º trimestre

No primeiro trimestre, foram registadas 527 transacções de imóveis avaliados em mais de 10 milhões de dólares, nos 12 principais mercados globais. O volume total atingiu 9,43 mil milhões de dólares, revela a mais recente edição do relatório Global Super-Prime Intelligence da Knight Frank, parceira em Portugal da Quintela + Penalva.

O Dubai manteve a liderança global, com 111 transações e um total de 1,9 mil milhões de dólares, seguida por Nova Iorque (75 negócios, 1,41 mil milhões de dólares) e Palm Beach (74 negócios, 1,35 mil milhões de dólares). Já Miami destacou-se como o mercado com maior crescimento anual em número de vendas, registando uma subida de 35% face a 2024.

Por outro lado, Hong Kong e Londres registaram abrandamentos significativos após fortes resultados no final de 2024. Em Hong Kong, o número de transacções caiu 31% e o volume foi reduzido para 690 milhões de dólares. No caso de Londres, o número de vendas recuou em 34 transacções, com um total de 590 milhões de dólares. Estas retrações reflectem a típica calmaria pós-final de ano, combinada, no caso de Londres, com as mudanças tributárias desfavoráveis para bilionários.

Dubai mantém a liderança global

No acumulado dos últimos 12 meses, o Dubai liderou também em número de transacções (432) e volume de vendas (7,08 mil milhões de dólares), reforçando a sua posição como destino-chave para os compradores, graças ao ambiente fiscal atractivo. Nova Iorque e Hong Kong completam o pódio anual, com 281 e 229 transações, respetivamente.

“O mercado “super-prime” atingiu um novo patamar ao entrar em 2025. Dubai mantém a liderança, mas o ressurgimento do sul da Flórida e a recuperação em Hong Kong mostram que a procura continua a ser verdadeiramente global. À medida que avançamos em 2025, o fluxo de negócios deve permanecer saudável – no entanto, as crescentes incertezas macroeconómicas exigirão maior atenção por parte dos promotores e investidores”, afirma Liam Bailey, global head of research da Knight Frank.

A valorização contínua da procura por activos residenciais exclusivos reflecte o crescimento da população global de indivíduos de património ultra-elevado (UHNWI), que aumentou 4,4% em 2024, segundo o The Wealth Report. A Knight Frank antecipa que, apesar de factores como taxas de juro, flutuações cambiais e mudanças políticas locais, o mercado de imóveis “super-prime” preservará o seu vigor ao longo de 2025.

Para Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva l Knight Frank “o mercado “super-prime” é um mercado de nicho que temos vindo a acompanhar de perto com o nosso serviço de Private Consulting. Os clientes deste segmento, são clientes que procuram propriedades únicas e que, muitas vezes, nem sequer estão no mercado. O Private consulting garante um acompanhamento discreto e com acesso às melhores soluções de investimento e a um portfólio exclusivo em Portugal e no mundo”.