Lisboa investe mais de 21,5 M€ no Parque Urbano Tejo-Trancão para acolher a Jornada Mundial da Juventude
O município de Lisboa tem um investimento estimado de 35 milhões de euros na preparação e realização dos eventos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), sendo a maior verba aplicada no Parque Urbano Tejo-Trancão, divulgou hoje a autarquia.
Em conferência de imprensa no Parque Tejo, que no início de agosto irá acolher a JMJ, onde são esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas, o vice-presidente do município, Filipe Anacoreta Correia, apresentou o plano e investimento da Câmara de Lisboa para a realização do evento.
De acordo com os números apresentados, a maior fatia do investimento (21,5 milhões de euros) destina-se ao Parque Urbano Tejo-Trancão, local que acolherá o evento principal da JMJ.
Nesta parcela de terreno destaca-se a reabilitação do aterro sanitário de Beirolas (7,1 milhões de euros), a montagem de um altar-palco (4,24 milhões de euros), a construção de uma ponte pedonal sobre o Rio Trancão (4,2 milhões de euros) e de infraestruturas e equipamentos de saneamento, abastecimento de água e electricidade (3,3 milhões de euros).
No valor de investimento apurado para este local estão também contemplados os estudos, projectos e fiscalização (1,6 milhões de euros) e ensaios e fundações (1,06 milhões de euros).
obre este investimento, Filipe Anacoreta Correia destacou o facto de se tratar de “uma oportunidade para reabilitar uma zona da cidade de Lisboa que está desqualificada”, salientando que a capital portuguesa irá beneficiar no futuro de 19 milhões de euros do investimento agora feito.
“Estes valores que estamos a falar de investimentos são valores que ficam na cidade. O valor que apontamos para esta obra Tejo-Trancão dotará a cidade de um parque numa área que era um aterro e que era uma área desvalorizada na cidade de Lisboa, com o potencial que isso representa em termos económicos”, argumentou.
Além do Parque Tejo, a Câmara Municipal de Lisboa tem previsto um investimento de cerca de 13,5 milhões de euros para montar recintos em outras partes da cidade, nomeadamente no Parque Eduardo VII, Terreiro do Paço, Alameda D.Afonso Henriques e Parque da Belavista.
Nestes locais está previsto investimento na colocação de palcos, iluminação, som, ecrãs, casas de banho, baias, geradores, sinalética, segurança, recolha de resíduos e brigadas de limpeza.
A Câmara Municipal de Lisboa anunciou ainda que irá proceder ao reforço de equipamentos nas áreas da higiene urbana, Regimento de Sapadores Bombeiros, Polícia Municipal e Proteção Civil.
O Parque Eduardo VII foi o local escolhido para a realização e três eventos da JMJ: a missa de abertura (com cerca de 200 mil pessoas), o acolhimento ao Papa Francisco (500 mil pessoas) e a Via-Sacra (700 mil pessoas).
Neste local será montado um palco (ainda sem valor de custo previsto) que será alvo de um concurso internacional, segundo adiantou o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, acrescentando que esse, ao contrário do que será construído no Parque Tejo-Trancão, será retirado no final do evento.
A Câmara de Lisboa estima que as obras previstas neste plano de investimento estejam concluídas até Junho e manifesta vontade de que “não existam derrapagens no valor” estimado.
A autarquia lisboeta diz esperar que se desloquem à capital cerca de 1,5 milhões de pessoas para participar na JMJ.
“Para a dimensão de Lisboa receber um evento desta dimensão é um grande desafio. Será uma oportunidade de dar notoriedade e visibilidade a Portugal”, sublinhou.
A Jornada Mundial da Juventude é o maior encontro de jovens católicos de todo o mundo com o Papa, que acontece a cada dois ou três anos, entre Julho e Agosto.
Lisboa foi a cidade escolhida em 2019 para acolher o encontro de 2022, que transitou para 2023 devido à pandemia de covid-19, partilhando a organização com o município vizinho de Loures.
Lusa/DI