Investimento estrangeiro representa cerca de 70% das transacções da Engel & Völkers no Norte
Em Braga e em Guimarães, o investimento estrangeiro representa 90% das transacções intermediadas pela Engel & Völkers. No Porto representa 50%.
Dados avançados durante a divulgação dos resultados do seu Market Report Portugal, um conjunto de relatórios de research, realizados em parceria com a ImoEconometrics, que analisam as transacções imobiliárias intermediadas pela multinacional alemã no período 2022-2023, nos mercados imobiliários de Braga e Guimarães, Porto, Oeste, Sintra, Cascais e Estoril, Lisboa e Oeiras, Comporta e Melides, Lagos, Portimão, Albufeira e Carvoeiro, Vilamoura, Quinta do Lago, e, por fim, Faro e Tavira.
Analisando as regiões localizadas a norte do país, relativamente às transações efetuadas pela Engel & Völkers, é possível verificar que, tanto em Braga como em Guimarães, o investimento estrangeiro representa a maior percentagem de investimento efetuado na região, representando atualmente cerca de 90% das operações de intermediação realizadas pela agência. Já na área metropolitana do Porto, dependendo da zona da cidade, o investimento estrangeiro representa cerca de 50% do total de transações efetuadas pela Engel & Völkers. Quanto às nacionalidades dos compradores, em Braga e em Guimarães as compras de habitação são lideradas por alemães, britânicos, franceses e norte americanos. No Porto, predominam investidores norte americanos, franceses, alemães e espanhóis.
Relativamente ao aumento do preço das habitações, o ano passado em Braga e em Guimarães foi registado um aumento de, respetivamente, 18% e 11%. Na área Metropolitana do Porto, o aumento foi de 16%, justificado sobretudo pelo interesse dos compradores nacionais e internacionais e pela falta de oferta.
Em Braga e em Guimarães, procuram-se sobretudo moradias com mais de três quartos e áreas superiores a 200 m2, com a média de preços a rondar os 500 mil euros. No Porto, são procuradas sobretudo duas tipologias: os apartamentos com dois a três quartos e as moradias com três a quatro quartos, com valores médios de aquisição na ordem dos 600 mil euros.
Em Braga, registam-se os preços de habitação mais elevados nas freguesias de S. Vicente, Gualtar, e União de Freguesias de Este, com valores médios de transação a rondar os 1.500 euros/m2. Em Guimarães, os preços de habitação mais altos encontram-se na freguesia da Costa, com valores médios de transação a rondar os 1.350 euros/m2. Já na zona do Porto, os preços de habitação mais elevados concentram-se em União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, com valores médios a rondar os 3.500 euros/m2.
Relativamente ao mercado de arrendamento, em Braga e em Guimarães a procura centra-se sobretudo nas zonas mais centrais das cidades, onde se localiza cerca de 60% da oferta de casas para arrendamento. Em Braga, o mercado de arrendamento é particularmente expressivo, sendo bastante superior à média nacional, que se deve sobretudo à população universitária presente na cidade.
Relativamente aos preços praticados no mercado de arrendamento, em 2022 a renda média de novos contratos de habitação nos concelhos de Braga e Guimarães rondava os 6,0 e 4,4 euros/m2 por mês respetivamente. No Porto, a procura no mercado de arrendamento em 2022 registou cerca de 4,6 mil novos contratos de arrendamento. O centro histórico do Porto e a freguesia de Paranhos (junto dos principais polos Universitários) concentram 54% do mercado de arrendamento da cidade, ambos com cerca de 1250 novos contratos de arrendamento em 2022. Relativamente às rendas médias praticadas nos novos contratos de habitação rondava os 10 euros/m2xmês em 2022. O centro histórico do Porto e a freguesia de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde registaram as rendas médias mensais mais elevadas, 15,1 e 14,8 euros/m2.