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Habitação by century 21

 

Residencial: promoção imobiliária em carteira abranda crescimento

28 de agosto de 2019

O volume de obras de habitação (em área) que entrou em licenciamento em Portugal (Continental) no 2º trimestre de 2019 aumentou 11% face ao mesmo período do ano anterior, avança a Confidencial Imobiliário no âmbito do Índice de Pipeline Imobiliário (IPI). Este indicador mede a evolução do volume de novos projectos de promoção imobiliária residencial em carteira.

Trata-se do registo mais baixo desde início de 2015, momento a partir do qual o pipeline residencial tem observado um ciclo de forte crescimento, com aumentos homólogos quase sempre entre os 30% e os 50%, e que veio inverter o período de praticamente congelamento do lançamento de novos projectos residenciais sentido entre 2011 (ano base do índice) e 2014. Não obstante, desde o final de 2014, quando esta actividade atingiu o seu ponto mais baixo, o pipeline residencial no país já cresceu 400%.

 

Rácio do crescimento naturalmente tende a suavizar...

Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário explica as razões da evolução: "O aumento da oferta responde, de forma directa, à valorização do mercado. E, estando o mercado já a antecipar um novo período de alguma estabilização no crescimento dos preços, é expectável que vamos assistindo a uma perda de ritmo no lançamento de novos projectos residenciais. Além disso, não podemos esquecer-nos que o ponto de partida para estes crescimentos prévios de 30% a 50% era bastante baixo e que nos dois últimos anos tem havido um forte aumento do investimento em promoção imobiliária residencial. Contabilizamos perto de 93 mil novos fogos em licenciamento desde 2017 e, com uma base crescente, o rácio de crescimento tende a suavizar".

 

As Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto

A Área Metropolitana de Lisboa parece ser a primeira a reagir a esta tendência, observando uma queda de 4% no lançamento de novos projectos de habitação no 2º trimestre de 2019 (em termos homólogos), culminando, assim, o ciclo de desaceleração que se faz sentir desde meados de 2018. Já na Área Metropolitana do Porto, o pipeline residencial aumentou 56% no mesmo período, o crescimento mais forte dos últimos anos. Acontece, contudo, que enquanto na AM Lisboa, as taxas de variação homólogas se têm situado predominantemente acima dos 65% desde 2017, no Porto, não tinham ido muito além dos 45%.