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Habitação by century 21

 

Prestação da casa sobe em Junho para contratos com Euribor a 6 meses e desce nos de 3

31 de maio de 2021

 A prestação paga pelos clientes ao banco no crédito à habitação vai subir em Junho nos contratos indexados à Euriborr a seis meses e desce nos a três meses face às últimas revisões, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.

Assim, um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros a 30 anos indexado à Euribor a seis meses e com um 'spread' (margem de lucro do banco) de 1% paga a partir deste mês 447,93 euros, o que reflecte uma subida de 0,2 euros face à última revisão.

Já num empréstimo com as mesmas condições, mas indexado à Euribor a três meses, o cliente passa a pagar 446,16 euros, menos 0,13 euros do que pagava anteriormente.

Os valores são calculados tendo em conta as médias da euribor em Maio, de -0,513% a seis meses e de -0,540% a três meses, de acordo com a Deco.

Desde Abril de 2020 que milhares de famílias não estão a pagar o crédito à habitação, fazendo uso do decreto-lei do Governo que permite moratórias nos créditos à habitação. O período inicial da suspensão dos pagamentos foi, entretanto, estendido até 30 de Setembro de 2021.

Um diploma publicado no ano passado, mas com produção de efeitos em 1 de Janeiro de 2021 veio permitir a adesão às moratórias até 31 de Março, não podendo o período de aplicação das medidas exceder os nove meses contados da data de comunicação da adesão.

Este limite dos nove meses contempla eventuais períodos que já tenham estado cobertos por moratória.

As famílias que fizeram uso da moratória privada - criada no âmbito da Associação Portuguesa de Bancos - e não reuniram critérios para aderir à pública, retomaram em abril o pagamento do crédito à habitação.

As taxas Euribor são o principal indexante em Portugal nos contratos bancários que financiam a compra de casa. A Euribor a seis meses é a mais usada, seguida da taxa a três meses.

As taxas Euribor estão em terreno negativo desde 2015 e a expectativa é que se mantenham negativas ou perto de 0% nos próximos anos devido sobretudo à política de estímulos monetários do Banco Central Europeu (BCE), o que tem impacto positivo nos créditos bancários, que estão mais baratos.

LUSA/DI