Preços das casas aceleraram para 9,9% no 3º trimestre
No 3º trimestre, o Índice de Preços da Habitação (IPHab) aumentou 9,9% em termos homólogos, mais 3,3 pontos percentuais (p.p.) que no trimestre anterior. O aumento dos preços foi mais expressivo nas habitações existentes (9,9%) por comparação com as habitações novas (9,5%), revela hoje o Instituto Nacional de Estatística - INE.
Em relação ao trimestre anterior, o IPHab cresceu 3,6% (2,2% no 2º trimestre de 2021). Relativamente às habitações existentes, a taxa de variação fixou-se em 3,9%, 1,4 p.p. acima do aumento observado nas habitações novas (2,5%).
Entre Julho e Setembro de 2021 foram transaccionadas 56 464 habitações, o que representa um aumento de 25,1% relativamente a idêntico período de 2020. No trimestre em análise, registaram-se taxas de variação semelhantes ao longo dos diferentes meses, 26,8%, 24,5% e 23,9%, respectivamente, em Julho, Agosto e Setembro. O valor das habitações transaccionadas no trimestre de referência ascendeu a 9,4 mil milhões de euros, mais 38,7% que no 3º trimestre de 2020.
No período em análise, transaccionaram-se 18 250 habitações na Área Metropolitana de Lisboa e 15 994 na região Norte. Estas duas regiões, no seu conjunto, representaram 60,6% do total das transações, o que constituiu a mais baixa percentagem observada desde o 4º trimestre de 2013. A par do Norte, onde se observou uma redução de 1,3 p.p. em termos de quota regional quando comparada com o trimestre homólogo, o Centro foi a outra região a apresentar um decréscimo no respectivo peso relativo, -0,8 p.p., representando 20,5% do total das transações. No Algarve contabilizaram-se 4 623 transações, ou seja, 8,2% do total, traduzindo-se num aumento de 0,9 p.p. face ao período homólogo. O Alentejo e a Região Autónoma dos Açores, com 4 067 e 879 transacções, respectivamente, aumentaram as respectivas quotas regionais em 0,1 p.p., para 7,2% e 1,6%, pela mesma ordem. Na Região Autónoma da Madeira as transações de habitações fixaram-se em 1 068 unidades, o que representa 1,9% do total nacional, mantendo inalterado o seu peso relativo regional.
Entre Julho e Setembro de 2021, o valor das habitações transaccionadas na Área Metropolitana de Lisboa fixou-se nos 4,2 mil milhões de euros, 44,6% do total, traduzindo-se num acréscimo homólogo de 1,2 p.p.. No Norte e no Centro as habitações transaccionadas somaram 2,2 mil milhões de euros e 1,2 mil milhões de euros, respetivamente, aos quais corresponderam pesos relativos de 23,4% e 13,0%, pela mesma ordem. Em ambos os casos, registaram-se reduções das respetivas quotas relativas de 1,3 p.p. no Norte e 0,8 p.p. no Centro. O Algarve com um total de 1,1 mil milhões de euros, registou um incremento no respetivo peso relativo de 1,1 p.p., perfazendo 11,8%. No Alentejo, as habitações transacionadas totalizaram 401 milhões de euros, representando 4,3% do total (-0,2 p.p. em termos homólogos). Na Região Autónoma dos Açores, o valor das habitações transaccionadas fixou-se nos 99 milhões de euros, 1,1% do total, sendo que na Região Autónoma da Madeira ascendeu a 172 milhões de euros, correspondendo a um peso relativo de 1,8%.