

Estado degradado do edificado em Portugal diminuiu 40%
Entre 2001 e 2011, o número de edifícios clássicos com necessidade de grandes reparações ou muito degradados reduziu-se em quase 40% no conjunto do país. Este sentido de evolução foi comum às sete regiões estudadas na recente edição do Retrato Territorial de Portugal (publicação bienal) do INE – Instituto Nacional de Estatística, tendo a redução sido maior na Região Autónoma dos Açores e na região Norte.
Os dados censitários evidenciam a melhoria que se tem verificado na qualificação do parque habitacional no que respeita à proporção de edifícios clássicos com necessidade de grandes reparações ou muito degradados, salientando a reduzida expressão dos edifícios naquelas condições no parque habitacional construído nas últimas duas décadas. A Região Autónoma da Madeira é a região onde esta proporção era mais elevada, quer para os edifícios construídos até 1990, quer para os que foram construídos posteriormente.
Casas arrendadadas em pior estado de conservação
A análise das carências internas das habitações pode ser desenvolvida com base na segmentação dos alojamentos familiares clássicos de residência habitual entre os que, em 2011, se encontravam ocupados pelo proprietário e os que estavam arrendados.
Verifica-se que os alojamentos arrendados apresentavam, a este nível, mais carências do que os habitados pelo proprietário.
Este diferencial era maior nas regiões Norte e Alentejo. Pelo contrário, nas regiões autónomas, verificava-se a menor diferenciação em termos de infraestruturas básicas entre habitação ocupada pelo proprietário e habitação arrendada.