
Crescimento das vendas mantém optimismo
O início do ano foi de crescimento da confiança na mediação imobiliária. Esse sentimento de confiança deve-se ao facto de as vendas de casas terem vindo a subir gradualmente desde o final do ano passado.
Segundo o Inquérito Mensal de Conjuntura (IMC) do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, um comportamento que se manteve no primeiro trimestre de 2014, com um aumento mais visível, basta analisar o facto de em Março, as transacções no mercado residencial aumentaram 28,9% em relação ao mesmo período do ano transacto. Também no mês de Abril, esse aumento manteve-se.
Os segmentos residencial, terrenos rústicos, indústria, escritórios, comércio e terrenos urbanos registaram por parte de alguns inquiridos um dinamismo positivo. De facto, no residencial 30,8%, nos terrenos rústicos 13,8%, na indústria 9,1%, nos escritórios 8,7%, no comércio 6,7% e terrenos urbanos 4,2% dos inquiridos mencionaram que as transacções efectuadas foram acima do normal comparativamente ao período homólogo.
Em relação às expectativas de evolução do valor das transacções imobiliárias, nos diferentes segmentos, a generalidade dos inquiridos prevê, a médio prazo a manutenção dos valores praticados, com excepção da indústria, para a qual a estimativa é de diminuição dos valores. Em Abril, no segmento residencial (28,2%), nos terrenos rústicos (20,7%), na indústria (18,2%), no comércio (14,3%), nos escritórios (13%) e nos terrenos urbanos (4,2%) existe um número residual de inquiridos, que perspectivam um aumento dos valores de mercado praticados.
Relativamente ao arrendamento em Abril aproximadamente 60% dos inquiridos mencionou que o arrendamento representou até a 50% da procura residencial efectuada. Cerca de 19% referiu que representou entre 50% a 75%, e 9,5% balizou a procura residencial para arrendamento entre os 75% e os 100%.
Casas demoram quatro a seis meses para arrendar
Mediante informação recolhida junto dos associados, no mês de Abril, os inquiridos estimavam que a morosidade em termos de colocação de imóveis para arrendamento eram em 39% de um a três meses, 47% entre quatro a seis meses. O montante médio dos arrendamentos residenciais, numa análise por segmentação de valores, oscilou entre o intervalo compreendido entre os 300 e os 500 euros (62,9%). Os imóveis arrendados com um valor inferior a 300 euros foi de aproximadamente 28,6%.
Para os próximos três meses, as expectativas perante a evolução da actividade imobiliária, traduzem-se por um comportamento, que oscila entre o tendencialmente positivo e o de expectativa perante os estímulos do mercado.