Logo Diário Imobiliário
CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
JPS Group 2024Porta da Frente
Habitação
Casas entregues aos bancos diminuíram 60%

 

Casas entregues aos bancos diminuíram 60%

13 de fevereiro de 2015

Apesar de no segundo trimestre de 2013 terem sido entregues aos bancos cerca de 707 imóveis, registando-se um crescimento de 11% face ao trimestre anterior, comparando o primeiro semestre do ano de 2013 com o período homólogo de 2012, apura-se um decréscimo de 60% dos imóveis entregues em dação, que no total do primeiro semestre deste ano, atingiu apenas cerca de 1.346 imóveis.

Segundo a APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal foi nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto onde se concentram 34,5% das ocorrências relativas a imóveis entregues em dação em pagamento no primeiro semestre de 2013. Na AM do Porto, o peso das dações em pagamento neste período foi de cerca de 13,6%, sendo que a AM de Lisboa encerrou cerca de 20,9% das ocorrências registadas ao longo do primeiro semestre de 2013, verificando-se uma crescente descentralização do fenómeno da entrega de imóveis para as áreas periurbanas.

“A quebra no número de imóveis entregues em dação em pagamento face ao período homólogo tem tudo a ver com as medidas de facilitação do pagamento de dívidas, que têm vindo a ser adoptadas pelos bancos”, refere Luís Lima, presidente da APEMIP.

Esmorecimento do mercado imobiliário continua

No entanto, e apesar do número de casas entregues pelas famílias registar já um decréscimo significativo, a realidade dos promotores imobiliários é diferente e o esmorecimento do mercado imobiliário continua a afectar de forma significativa aqueles que investiram na promoção imobiliária, pelo que, parte significativa dos imóveis entregues em dação em pagamento são oriundos destes actores. “O arrefecimento do mercado imobiliário, aliado à instabilidade económica que afecta o país, atinge de forma significativa quem investiu na promoção e no desenvolvimento de novos projectos e empreendimentos. As dificuldades que os promotores hoje atravessam não são novidade”, afirma Luís Lima.

Os 10 municípios mais penalizados em termos nacionais, constata-se que estes representam no total 23% das observações registadas no período em análise, pertencendo sete às áreas metropolitanas de Lisboa e Porto (Sintra, Oeiras, Gondomar, Montijo, Vila Nova de Gaia e Palmela) e os restantes a zonas distintas do país (Coimbra, Olhão e Moura).