Avaliação bancária subiu para 1 331 euros por metro quadrado e bate novo recorde
Em Março, o valor mediano de avaliação bancária, realizada no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação, fixou-se em 1 331 euros por metro quadrado, mais 17 euros que o observado no mês precedente (1 314 euros/m2), revela hoje o INE.
O Instituto Nacional de Estatística, avança ainda que o maior aumento face ao mês anterior registou-se no Alentejo (2,8%). A única região que apresentou uma variação em cadeia negativa foi o Algarve (-0,6%). Em comparação com o mesmo período do ano anterior, o valor mediano das avaliações cresceu 12,1%, registando-se a variação mais intensa no Algarve (16,4%) e a menor no Alentejo (8,0%).
No mês em análise, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1 476 euros/m2, tendo aumentado 13,5% relativamente a Março de 2021. O valor mais elevado foi observado no Algarve (1 794 euros/m2) e o mais baixo no Alentejo (964 euros/m2). O Algarve apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (19,0%), tendo a Região Autónoma dos Açores apresentado o menor (4,2%).
Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação subiu 1,0%, tendo o Alentejo registado a maior subida (3,3%). A maior descida verificou-se na Região Autónoma dos Açores (-1,0%). O valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu 13 euros, para 1 505 euros/m2, tendo os T3 subido 17 euros, para 1 316 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 80,2% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise.
Nas moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1 067 euros/m2 em Março, o que representa um acréscimo de 7,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados observaram-se no Algarve (1 815 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1 788 euros/m2), tendo o Alentejo e o Centro registado os valores mais baixos (900 euros/m2 e 901 euros/m2, respectivamente).
Área Metropolitana de Lisboa apresentou o maior crescimento homólogo
A Área Metropolitana de Lisboa apresentou o maior crescimento homólogo (15,3%) e o menor ocorreu no Alentejo (5,9%). Comparativamente com o mês anterior, o valor de avaliação aumentou 1,9%. A Região Autónoma da Madeira apresentou o aumento mais acentuado (3,3%), tendo-se verificado a maior descida no Algarve (-0,8%). O valor mediano das moradias T2 subiu 46 euros, para 1 047 euros/m2, tendo as T3 subido 19 euros, para 1 045 euros/m2 e as T4 5 euros, para 1 104 euros/m2. No seu conjunto, estas tipologias representaram 88,8% das avaliações de moradias realizadas no período em análise.
De acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária, em Março, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa e o Alentejo Litoral, apresentaram valores de avaliação 35,2%, 33,6% e 4,2%, respectivamente, superiores à mediana do país. Beiras e Serra da Estrela foi a região que apresentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-48,2%).
32 043 avaliações, mais 23,5% que no mesmo período do ano anterior
Para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de Março, foram consideradas 32 043 avaliações, mais 23,5% que no mesmo período do ano anterior, das quais 20 674 foram apartamentos e 11 369 moradias. Note-se, no entanto, que esta evolução deverá refletir um efeito base, na medida em os primeiros meses de 2021 foram afectados pelo agravamento das medidas de contenção associadas à situação pandémica vivida. Em comparação com o período anterior, realizaram-se mais 3 362 avaliações bancárias, o que corresponde a um aumento de 11,7%