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Residências Universitárias precisam-se !

16 de outubro de 2018

Cada vez mais o imobiliário ligado a residências de estudantes se mostra um mercado com enorme potencial, dada a escassez e, em muitos casos, a falta de qualidade da oferta existente.

Segundo estudos elaborados no âmbito do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, ligado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e ao Ministério do Ambiente, frequentam o ensino superior público em Portugal cerca de 362 mil estudantes, 12% dos quais são estrangeiros. Neste ramo de ensino, referem ainda os citados estudos, da população total de estudantes a nível nacional, 42% são deslocados a necessitarem naturalmente de alojamento.

Actualmente, o valor de renda média praticada em Portugal para residências universitárias é de 4,39€/m2, existindo apenas 33 residências públicas, correspondendo a 9.075 quartos e 15.370 camas. Com a agravante de muitas destas residências carecerem urgentemente de obras de reabilitação e modernização. Se juntarmos a esta quadro, os estudantes que frequentam o ensino privado, então o panorama agrava-se mais ainda.

A necessidade «aguça o engenho» e levou à criação de plataformas de arrendamento para estudantes, de que a startup Uniplaces é, talvez, o maior caso de sucesso, com uma oferta que ultrapassa os 10.000 quartos e mais de 3.000 proprietários de imóveis.

Vários grupos estrangeiros já estão ou irão, em breve, operar neste mercado, casos do Staytoo, um dos principais players no mercado alemão para o alojamento de estudantes e jovens, a Collegiate, no mercado de luxo, com 20 residências no Reino Unido, três em Espanha, uma já a operar em Lisboa e uma que se anuncia em Coimbra, ou o grupo espanhol Temprano Capital Partners, presente em Lisboa e no Porto.

O Governo, por seu lado, anuncia que cerca de 30 imóveis para estudantes universitários estão em fase de celebração de protocolos de recuperação para disponibilizar um total de mais de 2.000 camas para várias instituições universitárias do país. Os protocolos envolvem autarquias e várias instituições como a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Universidade de Lisboa, a Universidade de Coimbra, o Instituto Politécnico de Leiria, o Instituto Politécnico de Coimbra, a Universidade de Évora, a Universidade do Porto e a Universidade de Aveiro.