Residência universitária do Polo da Ajuda vai trazer mais 180 camas para Lisboa
São para já cerca de 180, o número de camas disponíveis no edifício da nova residência universitária do Polo da Ajuda, inaugurado ontem. Trata-se da primeira fase do projecto que está pronto a funcionar no próximo ano lectivo.
O edifício, construído de raiz, situado entre o refeitório e a escassas dezenas de metros das várias faculdades ali implementadas, da autoria dos arquitectos Cristina Veríssimo e Rudolfo Reis, apresenta diferentes tipologias para fazer face às necessidades dos seus utilizadores. Para breve está previsto o arranque da segunda fase de modo a se atingir as cerca de 300 camas que servirão de acolhimento aos estudantes que venham ali estudar.
António da Cruz Serra, reitor da Universidade de Lisboa (UL), durante a inauguração referiu que este é um projecto acalentado desde 1999 e que vê hoje a sua implementação, onde foi investida a verba realizada com as vendas dos terrenos da antiga Faculdade de Medicina Veterinária na Gomes Freire. O reitor da UL agradeceu ainda à Câmara de Lisboa toda a colaboração e celeridade com facilitou a concretização deste mesmo projecto.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, reforçou ainda os compromissos com a universidade lembrando que está previsto a criação para breve de 650 camas em residências universitárias, financiadas pela autarquia que passarão após a sua conclusão para a gestão da universidade. Também deixou firmado o compromisso da requalificação da zona da Ajuda onde agora nasce este edifício de modo a garantir todo o conforto e segurança aos seus utilizadores. “Sem a universidade, não há cidade”, rematou o presidente da câmara, explicando que Lisboa é também uma cidade universitária e que deve muito da sua vida e produção de conhecimento ao trabalho das universidades. “A pressão imobiliária está de facto a impedir o direito das famílias e dos estudantes de terem acesso ao ensino superior, esta aposta nas residências universitárias poderão vir a ajudar a regular o mercado”.
Pegando nesta mesma ideia, António Costa, referiu que o disparar dos preços dos arrendamentos têm impedido muitos estudantes a prosseguirem os seus estudos e tem sido um factor desencorajador para muitas famílias. “Sobretudo, pode comprometer as metas de alcançar em 2030, que haja 60% de estudantes com 20 anos no ensino superior. Portugal continua a precisar de recursos humanos mais qualificados e colmatar essas faltas é o nosso objectivo para a próxima década”.