Governo quer lançar concurso de empreitada para linha do metro entre Loures e Odivelas no 1.º semestre
O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, admitiu hoje atrasos na construção da linha violeta do Metro de Lisboa, esperando lançar o concurso para a contratação de empreitada e material circulante ainda no primeiro semestre.
A linha violeta, que liga Loures a Odivelas, foi um dos investimentos classificados como em estado crítico pela Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (CNA-PRR).
“Acreditamos que, se a declaração de impacte ambiental for aprovada, no primeiro semestre podemos lançar o concurso para a empreitada e material circulante e no segundo semestre estamos em condições de concluir”, afirmou Duarte Cordeiro, que falava aos jornalistas, em Lisboa.
A Linha Violeta é a primeira linha de metro de superfície construída e operada pelo Metropolitano de Lisboa, em Portugal, e ligará o Hospital Beatriz Ângelo ao Infantado num trajecto semi-circular que cruzará a Linha Amarela na sua estação terminal, Odivelas, e que servirá como ligação principal entre os concelhos de Loures e Odivelas. Contará com 19 estações espalhadas ao longo de 13km de linha maioritariamente à superfície.
Os ministros da Presidência, Economia e Ambiente fizeram hoje uma conferência de imprensa conjunta tendo em vista responder ao relatório da CNA – PRR.
No total, a CNA identificou 15 investimentos em estado preocupante ou crítico devido a factores como atrasos nas candidaturas ou metas demasiado ambiciosas.
O montante total do PRR (16.644 milhões de euros), gerido pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal, está dividido pelas suas três dimensões estruturantes – resiliência (11.125 milhões de euros), transição climática (3.059 milhões de euros) e transição digital (2.460 milhões de euros).
As três dimensões do plano apresentam uma taxa de contratação de 100%.
Da dotação total, cerca de 13.900 milhões de euros correspondem a subvenções e 2.700 milhões de euros a empréstimos.
Este plano, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico.
Além de ter o objectivo de reparar os danos provocados pela covid-19, este plano tem ainda o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.