Vender casas num modelo virtual não assusta os portugueses
Chegou a Portugal em tempo de pandemia e com a missão de dominar o mercado com um modelo exclusivamente digital. A eXp que nasceu nos Estados Unidos da América, escolheu o nosso país para a sua primeira internacionalização e Guilherme Grossman, assumiu a direcção da empresa em Portugal. 100% virtual, a eXp é a mediadora imobiliária com melhor desempenho nos EUA.
Nove meses depois desta aventura em terras lusas, a gigante norte-americana está satisfeita com o resultado e promove já amanhã o roadshow internacional em Lisboa.
Guilherme Grossman, revela ao Diário Imobiliário que a pandemia veio dinamizar a digitalização dos negócios e que por isso, a eXp se implantou com sucesso.
Qual o balanço da eXp em Portugal?
O balanço que fazemos é muito positivo. Estamos no mercado há cerca de nove meses e sentimos que os consultores têm cada vez mais curiosidade em nos conhecer e perceber o que é isto de sermos uma consultora 100% digital. Neste momento contamos com uma rede de quase 200 agentes, distribuídos de Norte a Sul do país e ilhas, já que este modelo digital tem esta grande vantagem, o trabalho é sempre remoto e os agentes podem trabalhar de onde e quando quiserem.
De que forma a pandemia veio dinamizar a venda de casas no mundo digital? E como a eXp veio beneficiar com essa solução?
A pandemia veio transformar este setor, na medida em que generalizou o formato digital como a ferramenta base para que se continuassem a realizar os negócios imobiliários. E a adaptação do mercado em geral teve que ser muito rápida para que não se perdessem oportunidades. No caso da eXp não houve qualquer alteração ao modelo de negócio ou à forma de trabalhar, uma vez que em 2009 a eXp já nasceu com um conceito 100% digital. Na eXp nunca existiram escritórios físicos e tudo é feito cloud-base (baseado na nuvem), o que proporciona uma experiência virtual para trabalhadores e outros participantes e permite trabalhar, negociar, comunicar, colaborar, reunir e conviver estejam onde estiverem.
Os portugueses estão a aderir? Podemos dizer que já temos uma cultura digital para comprar casa desta forma?
Curiosamente, durante o primeiro ano de pandemia, a venda de casas não sofreu uma queda acentuada, por isso não há dúvidas que sim. Os portugueses são práticos e adaptam-se com facilidade. A verdade é que o digital veio agilizar o processo, principalmente na fase inicial, poupando muito tempo. Com a adopção do modelo digital, hoje em dia todo o processo pode ser feito sem um único contacto presencial, e sem ficar nada por mostrar. Ou seja, a tecnologia está cada vez mais evoluída e as visitas virtuais ou os 3D permitem ter a noção real do imóvel sem necessidade de se estar no local. E isto reduziu significativamente as visitas presenciais.
Quais os objectivos da eXp para fechar este ano? E como vê os próximos anos?
Não existe um objetivo pré definido. Somos uma empresa nova no mercado nacional, com um modelo de negócio diferente do habitual e por isso sabemos que temos que fazer o nosso caminho, dar provas do nosso trabalho para conquistarmos o nosso espaço. Contudo, somos ambiciosos, por isso queremos crescer o máximo que nos for possível, quer em Portugal, quer nos restantes países onde já estamos presentes. Apesar da eXp ser uma empresa muito reconhecida nos Estados Unidos, país de origem, está a dar os primeiros passos na internacionalização, com um modelo de negócio inovador, e, por isso, sabemos que o processo ainda é longo. Neste momento a eXp já está em 18 países, 14 dos quais abertos durante o último ano. Mas estamos muito confiantes.
Como analisa o mercado imobiliário actual e nos próximos tempos?
O mercado tem-se mantido estável e a oferta continua a ser escassa face à procura. Por isso, acredito que se houver mais oferta, serão vendidas ainda mais casas.
O que mudou é a forma como o mercado trabalha, muito impulsionado pela necessidade, e o digital passou a dominar. As imobiliárias e os agentes começaram a perceber que o presencial é importante, mas não é imprescindível. E esta era uma ideia que estava muito enraizada na cultura do sector. As redes sociais passaram a ser encaradas como uma ferramenta de trabalho diária o que torna os contactos e as oportunidades de negócio mais imediatas.
Em termos de investimento estrangeiro acredito que não irá abrandar, até pela experiência que temos vindo a ter na eXp. A nossa rede é mundial e as sinergias são diárias. Frequentemente realizamos acções com outros países, webinars, roadshows, apresentações, nas quais damos a conhecer o mercado nacional a potenciais interessados e todos beneficiam.
Uma tendência que se verificou e que acreditamos que será para manter, é a procura por casas, moradias mais amplas, com jardins ou apartamentos com varandas ou condomínios. Imóveis com melhores condições que permitam desfrutar mais da casa e do seu exterior, em caso de necessidade.
Qual o objectivo do roadshow internacional que acontece em Lisboa no dia 29 de Setembro?
A eXp começou o processo de internacionalização há cerca de dois anos e no último ano entrou em cerca de 14 países distintos, nos diferentes continentes. Somos um empresa mundial, não funcionamos em regime de franchising e tiramos muito partido das sinergias que podem ser criadas entre países. Por isso, este roadshow tem o duplo objectivo de apresentar Portugal ao mundo e ao mesmo tempo pretende dar a conhecer a eXp a potenciais agentes no mercado nacional, quer já estejam na área, quer queiram aventurar-se no sector imobiliário. Para isso, vamos contar com a presença da Ilaria Profumi, Diretorada da eXp para a região EMEIA e do Adam Day, Managing Broker do Reino Unido, recentemente distinguido com o prémio de top 5 das melhores agências imobiliárias no Reino Unido.
Pretendemos continuar a crescer e sabemos que ao contactarem com a nossa marca e ao conhecerem as vantagens de trabalhar na eXp, que vamos ter mais colaboradores e, mais importante, motivados e envolvidos com a nossa marca.
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