CONSTRUÍMOS
NOTÍCIA
Entrevistas

 

O Cristiano Ronaldo da mediação imobiliária chama-se Daniel Henriques

2 de fevereiro de 2022

Daniel Henriques consultor imobiliário da D&D Group da RE/MAX Collection Siimgroup, foi o número 1 a nível mundial em 2021 da rede RE/MAX Global.

Já em 2018 e 2019, Daniel Henriques & Diogo Lampreia - D&D Group tinha alcançado resultados únicos, no entanto, em 2021 ultrapassou a fasquia dos dois milhões de euros em comissões ( 45.000.000.00 euros em vendas ). Um resultado surpreendente quando a média de um consultor em Portugal é de 30.000.00 euros/ano.

Em 2021, a equipa conquistou um prémio nunca antes atribuído, que a RE/MAX Portugal não pensava atingir, já que os números para o alcançar serem considerados "impossíveis" para um mercado como o de Portugal, o prémio" PINNACLE ". Prémio este só atribuído nos E.U.A e Canadá onde o mercado é de outra dimensão. Mas a D&D Group foi a primeira equipa a conseguir o tão desejado galardão.

Ao Diário Imobiliário, Daniel Henriques explica os desafios que encontra para alcançar o sucesso.

Começamos com o prémio que alcançou. A que se deve o primeiro prémio tendo em conta a dimensão do nosso país, à oferta e aos preços praticados, que estão muito longe de países como os EUA ou Canadá?

Em primeiro lugar, devo dizer que os números alcançados são históricos dentro da marca RE/MAX, a nível nacional e internacional. Fomos os primeiros a alcançar a estes números. Arrisco a dizer que nenhuma equipa em qualquer rede imobiliária conseguiu tal feito.

Conta também o facto de termos uma excelente estrutura por trás ( Siimgroup ), estarmos na maior rede Nacional ( RE/MAX ), termos criado em 2021 uma equipa com um maior número de agentes com um espaço próprio para que pudéssemos oferecer um melhor serviço ao cliente, mais personalizado e mais eficaz. Aliado ao facto deste ter sido o melhor ano de sempre no mercado imobiliário fez com que estivessem reunidas todas as condições para se conseguir alcançar estes extraordinários resultados.

Quem compra em Portugal imobiliário de luxo? O que está a mudar? Portugal continua atractivo?

O cliente internacional veio ajudar e muito o sector de luxo no mercado nacional, no entanto, não são só os estrangeiros que compram imóveis de luxo, uma grande percentagem das transacções são feitas por portugueses. Entre 2013 e 2021 este mercado tem vindo a crescer.  A partir do momento em que "abrimos as portas" ao investimento estrangeiro, Portugal começou a competir com outros países e por tudo o que o nosso país tem para oferecer (que é único) revelou-se uma grande vantagem perante outros mercados. É fácil "vender" Portugal. Temos todas as condições para ser um país atractivo: segurança; boas escolas; praias, serra; hospitalidade; gastronomia; localização geográfica. Com todas estas vantagens a tendência será para que a procura do mercado estrangeiro aumente. Não tenho dúvidas que o mercado imobiliário internacional terá muitos e bons anos pela frente.

Que tipo de imóveis de luxo são procurados? E em que regiões?

Temos clientes para todo o tipo de imóveis. Inicialmente procuravam sobretudo apartamentos e moradias. Hoje em dia temos também grande procura de quintas e palacetes. Numa fase inicial, Lisboa, Cascais, Sintra, Porto e Algarve eram as zonas mais procuradas. Mais tarde, a procura estendeu-se a todas as cidades como Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Leiria.

De que forma as novas regras do programa dos Vistos Gold vão afectar este mercado?

Como disse e bem, as regras só mudaram, o programa irá continuar. O mercado habitacional poderá, numa fase inicial, sentir-se um pouco. No entanto, por todos os motivos referidos anteriormente, Portugal continuará a ser um país com características únicas. E isso não vai mudar. Além de que existem outros factores que influenciam o mercado, como as taxas de juro e a ausência de soluções financeiras tão vantajosas quanto o imobiliário.

Qual foi o imóvel mais caro que vendeu?

O centro comercial Cinema City em Leiria.

Quais os desafios actuais para a mediação imobiliária?

Um dos grandes desafios é tornar a mediação ainda mais profissionalizada. Defendo o modelo dos E.U.A onde é necessário tirar uma licença para poder exercer. Precisamos de pessoas a full time na mediação, o cliente precisa de sentir a segurança de um acompanhamento profissional. Não de alguém que está na mediação apenas para ganhar dinheiro. Falamos de assuntos demasiado delicados, de responsabilidade e que muitas vezes envolvem decisões de uma vida. O que está em causa é demasiado para amadorismo.

Como vê a evolução do mercado imobiliário em 2022 face ainda a este momento difícil da pandemia?

Estou convicto de que vamos ter um 2022 muito dinâmico. Ao contrário do que seria de esperar, a pandemia teve um efeito inverso e o mercado imobiliário alcançou números nunca antes vistos. Acredito que 2022 vai manter esta evolução e será ainda melhor do que 2021.