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É essencial intensificar o marketing digital na mediação imobiliária

25 de janeiro de 2021

Reinaldo Teixeira, CEO do grupo Garvetur /Enolagest, admite que 2021 é um ano de esperança e de um optimismo cauteloso, mas com a consciência que algumas das alterações provocadas pela existência da pandemia global vieram para ficar.

O responsável admite que em termos de investimento, o imobiliário continua a ser bastante atractivo e um capital seguro, uma realidade que compete aos mediadores valorizar junto de potenciais clientes. Realça o papel das ferramentas digitais, essenciais para o desenvolvimento da actividade e admite que as empresas terão de evoluir neste aspecto, mas os clientes também estão muito mais receptivos a este processo de contato. 

O que se pode esperar para o mercado imobiliário em 2021?

2021 é um ano de esperança e de um optimismo cauteloso, mas temos de ter consciência que algumas das alterações provocadas pela existência da pandemia global vieram para ficar. No mercado imobiliário, de um modo geral, há a registar a manutenção dos preços e mesmo algumas subidas, seguindo a tendência de procurar habitações mais adequadas aos novos hábitos, como o teletrabalho, e também mais adequadas a estadias mais prolongadas no interior das casas, conduzindo a um desejo de mais conforto.

Em termos de investimento, o imobiliário continua a ser bastante atractivo e um capital seguro, uma realidade que compete aos mediadores valorizar junto de potenciais clientes. De realçar ainda o papel das ferramentas digitais, essenciais para o desenvolvimento da actividade. Contudo, este foco no digital é mútuo. As empresas terão de evoluir neste aspecto, mas os clientes também estão muito mais receptivos a este processo de contato. Assim, há que potenciar ferramentas de adequadas a esta realidade, apostar no marketing digital e no branding das marcas.

A Garvetur tem vindo a desenvolver uma estratégia de, aplicando as regras de segurança, criar mais proximidade com os seus clientes e potenciais clientes e reforçando o seu portefólio, ao colocar no mercado produtos, enquanto mediador oficial, de promotores de prestígio, como por exemplo o Dom Pedro Residences e os principais resorts do país, entre outros.

Quais os desafios que se vão colocar ao sector este ano?

Eu diria que um dos maiores desafios será a maior adaptação a um novo tipo de contacto, numa actividade em que a situação presencial era considerada essencial. As regras que a Garvetur sempre valorizou na mediação, serão ainda mais exigentes. É o caso do profundo conhecimento do mercado, a transparência e seriedade nas negociações, o acompanhamento dos clientes, desde a consultoria de localização e tipologia, a consultoria jurídica até à efectivação da compra, associando a serviços pós venda.

Porém, a pandemia apenas veio acelerar mudanças e tendências que já se perspectivavam. Mais do que um novo rumo, a actual conjuntura acelerou tendências tornando-as o “normal” paradigma do negócio. Como tal, há uma continuidade e como já tinha referido, se a adaptação das empresas implicou novas ferramentas, também os clientes passaram a valorizar muito mais o digital.

Outro dos desafios a enfrentar pelas marcas nacionais, num mercado que se tornou global, será a diferenciação perante os grandes grupos de mediadores imobiliários. Há que apostar no conhecimento do mercado, na angariação de activos e na sua exposição atractiva. Encontrar e valorizar formas de diferenciação da marca, será igualmente um desafio.

A Garvetur apostou num universo de serviços que são diferenciadores e se adaptam aos clientes, através de empresas participadas na Enolagest, SGPS, que cobrem todo o ciclo do investimento imobiliário e do turismo residencial. As palavras-chave em 2021 são a inovação, a formação dos nossos colaboradores, o reconhecimento da capacitação das mulheres na organização, a par de investimentos no mercado prime no Algarve e em Lisboa, bem como a diversificação de serviços. Temos uma previsão de crescimento sustentado, possível, em função da consolidação das alterações introduzidas na gestão e objectivos das empresas, face à actual conjuntura, em particular da actividade turística, cujo ciclo de investimento e serviços as nossas empresas abrangem na totalidade.

Que medidas devem ser tomadas em 2021?

Como sempre, o que determina as medidas a adoptar, são as necessidades manifestadas pelos clientes e, em certa medida, antecipar essas tendências. Assistimos a alguma mudança nas preferências, em função da pandemia, que vai continuar a
marcar a actividade em 2021. Por força das circunstâncias a casa assumiu um papel determinante. A procura direccionou-se para espaços maiores, uma melhor qualidade decorativa, que facilite o convívio familiar e o teletrabalho.

Como tal, o que vai marcar a nossa actividade em 2021 será direccionada para activos que permitam uma melhor qualidade de vida. Na procura de outras tipologias e de localização, é uma vantagem a nossa especialização no mercado do Algarve, no litoral, no interior e junto das cidades, associada à oferta em zonas prime em Lisboa e ainda em áreas de preservação da Natureza a nível nacional. Acreditamos que essas são necessidades que vieram para ficar.

Por outro lado, é essencial intensificar o marketing digital, criando uma aproximação afectiva ao aproximar o imóvel dos compradores, através da sua exposição detalhada, onde a descrição escrita se associa a visitas virtuais que permitam avaliar a propriedade e as suas particularidades.

Será também necessário acrescentar detalhes quanto à localização, serviços de proximidade e manter sempre uma relação de transparência, quanto ao estado da propriedade e a relação qualidade preço.

Em síntese, 2021 vai ser um ano de esperança e desafios que, enquanto empresas e sociedade, teremos de enfrentar juntos, no sentido de uma retoma económica rápida, favorável ao crescimento das empresas e à economia das famílias.

http://www.diarioimobiliario.pt/Actualidade/2021-O-ano-da-prova-de-fogo-para-o-imobiliario