Ainda vamos ter bons anos. A construção nova está a crescer e os imóveis são vendidos em planta
Guilherme Grossman, partner da Consultan revela que apesar de se notar alguma desaceleração de alguns produtos, acredita que ainda vamos ter bons anos para o sector.
A rede de mediação Consultan tem já 30 anos de experiência no mercado. Arnaldo Grossman, fundador da empresa introduziu formas inovadoras de fazer marketing e apresentar produtos imobiliários ao grande público.
Actualmente, Guilherme Grossman segue os passos do pai e apresenta novidades ao sector português ao trazer para o nosso país, a marca israelita Vitrea, empresa que tem um sistema inovador no campo da smart lighting e a abertura do primeiro projecto de alojamento local, o Estoril Luxury Suites&Spa.
Com 30 anos no mercado imobiliário português e onde a Consultan introduziu formas inovadoras de fazer marketing e apresentar produtos imobiliários ao grande público, o que pode agora trazer de novo ao mercado?
Celebramos 30 anos de história com os olhos postos no futuro. Temos muito orgulho no nosso passado, mas queremos continuar a fazer história e a contribuir para a inovação no sector imobiliário. E o futuro passa obrigatoriamente pela tecnologia, sustentabilidade e turismo. Daí a recente apresentação da parceria com a marca israelita Vitrea, empresa que tem um sistema inovador no campo da smart lighting e a abertura do nosso primeiro projecto de alojamento local, o Estoril Luxury Suites&Spa, que é totalmente gerido pelo grupo.
Mais directamente relacionado com o negócio da promoção imobiliária, estamos igualmente a trabalhar com investidores internacionais de modo a que estes invistam em Portugal, através de construção nova, essencialmente direccionada para a classe média.
Qual o objectivo da parceria feita com a Vitrea?
O mercado imobiliário nacional é, actualmente, um mercado muito competitivo e com vários players a actuar em simultâneo. Desde sempre que o nosso compromisso foi para com o cliente, acrescentando valor ao que fazemos, de modo a diferenciarmo-nos da concorrência, seja através da inovação em técnicas de marketing ou da introdução de produtos inovadores que valorizem o sector. E é isso que queremos continuar a fazer. Com a associação à Vitrea, da qual somos representantes exclusivos para Portugal, queremos valorizar e modernizar a oferta imobiliária já existente, assim como os novos projectos.
O que traz de novo a Vitrea?
Os responsáveis da Vitrea gostam de afirmar que o smart lighting está para os interruptores, como os smartphones estiveram para os telefones. Ou seja, o objectivo é apresentar ao mercado algo totalmente inovador e que vai revolucionar o dia-a-dia dos utilizadores. A Vitrea é isso mesmo. É um sistema inovador no campo da automação residencial, e a principal vantagem e diferença em relação ao que já existe, é que permite a instalação desta tecnologia de smart lighting em apartamentos já construídos, sem necessidade obras, a par da instalação em novos projectos, agregando valor ao imóvel e tornando as habitações mais confortáveis e sustentáveis. Além disso, tem um design inovador, totalmente personalizável e a um preço acessível.
Como o mercado português acompanha as inovações tecnológicas e as adopta?
Os portugueses gostam de experimentar tudo e no que respeita à tecnologia não é diferente. No caso específico do Sistema Vitrea, as vantagens verificam-se não só ao nível da melhoria do conforto, mas também benefícios ao nível da sustentabilidade. Um tema que está na ordem do dia e que obriga a mudanças de comportamentos. Com a tecnologia Vitrea podemos melhorar a eficiência energética da nossa casa e com isso ajudar o ambiente.
Esta parceria é muito recente, mas já estabelecemos diversos contactos com potenciais clientes e a resposta tem sido muito positiva. O nosso objectivo é instalar, no prazo de um ano, 300 aparelhos em Portugal.
De que forma a Consultan se posiciona hoje num mercado cada vez mais competitivo?
A Consultan tem vindo a diversificar as suas áreas de negócio, embora todas elas complementares ao imobiliário, que incluem turismo, inovação e tecnologia. O nosso objectivo é oferecer um serviço Taylor made ao cliente num ambiente de Boutique Service. Para isso, todos os dias trabalhamos para entregar ao nosso cliente o melhor serviço, e é isso que faz a diferença. Somos parceiros do nosso cliente e somos reconhecidos como uma mais valia pelo mesmo. A qualidade do serviço e o acompanhamento personalizado são fundamentais num mercado tão competitivo e, na Consultan, essas são as nossas maiores mais-valias. Isto, além do conhecimento profundo que temos do sector e do mercado português. A nossa experiência faz toda a diferença.
Quais as previsões para este ano em termos de volume de negócios?
Após um período de introspetiva, regressámos ao mercado mais fortes, com novos negócios e novas técnicas de venda. Este ano, já estamos a recolher os frutos da nossa estratégia e estimamos fechar o ano com um saldo muito positivo.
Para este crescimento contribuíram uma série de factores, como a parceria com a Vitrea, o projecto de alojamento local Estoril Luxury Suites&Spa, que abriu portas no início do verão e que teve sempre uma taxa de ocupação na ordem dos 90%, e a aposta em projectos imobiliários arrojados como o The Rebello, no Porto, o projecto Lumen, em Cascais, ou os projectos em Lisboa como o Condomínio 41 na Graça e o Lisbon Wood.
Como analisa o mercado imobiliário actual? Já se fala em abrandamento, concorda?
O mercado continua com dinamismo, apesar de notarmos em alguns produtos uma desaceleração, principalmente na tomada de decisão por parte dos clientes, no entanto não creio que se possa começar já a falar do início de um ciclo em baixa. O que se verifica, e que é normal após um período de crescimento como o que tivemos, é uma acomodação do mercado com um ritmo de vendas mais reduzido.
Como perspectiva os próximos anos?
Nos próximos cinco anos devemos estar atentos ao que ocorre no mercado internacional, uma vez que a tendência é para que se reflicta a nível nacional. Através da nossa rede de parceiros internacionais conseguimos ter uma fotografia mais actual das tendências do mercado internacional.
No entanto, a nível nacional, acreditamos que ainda vamos ter bons anos para o sector. A construção nova está a crescer e os imóveis são vendidos ainda em planta. Isto demonstra o dinamismo do mercado e a elevada procura face à oferta. No entanto, tendo em conta que a matéria prima não é inesgotável, acreditamos que a reabilitação urbana vai abrandar e que o mercado vai obrigatoriamente virar-se para o comprador nacional, criando oferta adequada para as famílias portuguesas da classe média.