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Emprego em Março ultrapassa 5 milhões de pessoas e continua a bater recorde histórico

3 de maio de 2024

O emprego aumentou em Março em 11.700 pessoas. Relativamente a 2023, registou-se um crescimento em 96.000 pessoas. A taxa de desemprego diminuiu e situou-se em 6,5%, indica a Randstad.

Números revelados na análise da empresa de emprego segundo os dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística (INE), do Serviço Público do Emprego Nacional (IEFP) e da Segurança Social, relativos ao mês de Março de 2024.

Segundo os dados do INE, no mês de Março registou-se um acréscimo no número de empregados (11.700 pessoas, ou seja, +0,2%) relativamente ao mês de Fevereiro. Desta forma, o número de pessoas empregadas voltou a ultrapassar 5 milhões de pessoas e continua a atingir um recorde histórico. A população activa registou um aumento  de 6.000 pessoas, o que se deve ao facto de o acréscimo da população empregada ter sido superior ao decréscimo da população desempregada. Neste sentido, a taxa de desemprego diminuiu, face ao mês anterior e também em comparação com Março de 2023, ao atingir os 6,5%.

A análise por género revela que em Março, 9.600 homens deixaram de estar em situação de desemprego, o que equivale a -6,1%. Relativamente às mulheres, registou-se um aumento em 2,0%, o que significa que 3.800 mulheres passaram a estar em situação de desemprego. Em termos de faixa etária, os dados mostram que no grupo dos adultos (dos 25 aos 74 anos) verificou-se uma diminuição do desemprego, com -4.900 pessoas nesta situação. Também no grupo dos jovens (dos 16 aos 24 anos) foi registada uma diminuição de 1000 pessoas desempregadas.

A análise interanual mostra que existiu um aumento de 96.000 profissionais face a Março de 2023 e que a população activa cresceu em 81.000 pessoas. Os dados relativos ao período homólogo revelam que o desemprego aumentou nos grupos populacionais de mulheres(+8.600 pessoas) e jovens (+11.300 pessoas) e diminuiu no grupo dos homens (-22.700 pessoas) e também no dos adultos (-25.500 pessoas).

Por outro lado, os dados do IEFP mostram a mesam tendência em março e registaram uma queda dos pedidos de emprego de -5.998 (total de 475.268 pedidos de emprego) e de -6.392 desempregados registados (total de 324.616 desempregados registados) em relação ao mês anterior. Esta queda mensal do desemprego foi comun a em todas as regiões, com excepção da Região Metropolitana de Lisboa. Destacou-se a queda do desemprego registado no Algarve e no Norte.

A análise da Randstad destaca ainda que, segundo os dados do IEFP, o sector do alojamento e da restauração desempenhou um papel crucial no decréscimo do número de desempregados registados em março. Este setor apresentou uma queda significativa de -10,2% em comparação com o período homólogo. Este declínio é sobretudo atribuído ao início do período sazonal associado à época turística em grande parte das regiões do país.

"Estes números mostram uma tendência positiva no emprego, com a diminuição no número de pessoas desempregadas. Isto pode ser explicado pela sazonalidade da época da Páscoa com os setores do alojamento e restauração a terem um peso muito considerável nestes números. Isto é, assistimos a uma maior procura por profissionais desses setores para atender ao aumento das atividades sazonais, o que tem gerado mais oportunidades de emprego e tem contribuído para a redução do desemprego registado", comenta Isabel Roseiro, diretora de marketing da Randstad Portugal.