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Habitação by century 21

 

Crédito Habitação: UCI revela as seis tendências para 2022

21 de fevereiro de 2022

Para quem pretende avançar com um pedido de crédito habitação, a UCI - União de Créditos Imobiliários, revela as seis tendências para 2022. Pedro Megre, CEO da UCI Portugal, enuncia:

1.    Encurtar prazos para reduzir o endividamento dos clientes

O Banco de Portugal já tinha definido como objectivo que até ao final de 2022 a maturidade média dos novos contratos de crédito habitação se aproximasse dos 30 anos, mas emitiu recentemente uma nova recomendação macroprudencial que reforça esse objectivo. Esta nova recomendação entra em vigor a partir de 1 de Abril e determina que o prazo máximo de 40 anos no crédito habitação só possa ser contratado por pessoas com idade igual ou inferior a 30 anos, descendo o prazo máximo para os 35 anos para pessoas com idades iguais ou superiores a 35 anos.

Vai-se assim reforçar uma tendência já iniciada nos últimos anos para que os prazos do crédito habitação encurtem, o que pode ser encarado pelo cliente, à primeira vista, como algo mau, mas não é necessariamente assim. Na hora de contratar um crédito habitação, é natural ter a tentação de alargar ao máximo o prazo para que a prestação seja a mais baixa possível. Mas é importante fazer as contas e olhar para a totalidade do empréstimo, e perceber que para poupar uns quantos euros na prestação mensal, se pode acabar com um empréstimo mais caro, porque se tem de pagar juros durante mais tempo.

O ideal é, por isso, optar pelo prazo mais curto possível, tendo em conta um valor mensal de prestação que permita manter a qualidade de vida.

2.    Bonificação no crédito habitação para casas com elevada eficiência energética

Na compra de casa, a sustentabilidade é, cada vez mais, um conceito central, tal como se tem tornado noutras áreas da nossa vida. E quem pensa que ter soluções green é algo acessório, está muito enganado, porque se trata cada vez mais de uma imposição, seja dos clientes cada vez mais conscientes e exigentes, seja do próprio planeta que nos dá vários alertas para a finitude dos seus recursos.

Esta é uma tendência que vem de trás, mas que vai intensificar-se, e no crédito habitação passa já atualmente por conceder condições especiais a quem pretende comprar casas com elevada eficiência energética. E atenção, que as vantagens de fazê-lo vão muito além da questão ambiental, traduzindo-se mensalmente em poupanças nas facturas de energia.

Junta-se assim o útil ao agradável: poupar o ambiente, poupando dinheiro.

3.    Um processo cada vez mais digital

Outra exigência do mercado é a conversão digital dos processos, um caminho que já estava a ser feito antes da pandemia, mas que se intensificou claramente nos últimos dois anos fruto da necessidade de ultrapassar os constrangimentos da distância.

Por isso, soluções de verificação digital da identidade e a assinatura digital de documentação têm de fazer parte das soluções de crédito habitação atuais, assim como a procura de soluções digitais para acesso a documentação de forma simples e rápida, que poupe o tempo do cliente e facilite a progressão do processo

Ter um crédito habitação aprovado sem nunca se ter sentado na mesma sala que consultor é cada vez mais uma realidade e o que não significa que haja uma desumanização do processo, porque a comunicação é até mais constante e próxima do que a de outrora, apenas transitámos de um contexto de comunicação presencial, para outro de comunicação à distância.

Caminhamos para que todo o processo possa ser digital e para que o cliente possa no seu telemóvel, a qualquer momento, simular soluções de crédito habitação, fazer um pedido de proposta, submeter a documentação necessária, validar as soluções apresentadas e saber o estado do seu processo.

4.    Acompanhamento onde e quando o cliente precisa

Como em várias outras áreas, também no crédito habitação se torna tendência ajustar às necessidades dos clientes não só as soluções, mas também a própria forma como o serviço é disponibilizado. A função primordial de um consultor é garantir a melhor solução para o perfil de cada cliente, ajudando-o a manter ou até melhorar a sua qualidade de vida.

Mas essa não é a única preocupação de um consultor, que cada vez mais tem de saber adequar horários e deslocações de acordo com as necessidades e a disponibilidade do cliente. A ideia de que o cliente tem de se sujeitar ao horário de funcionamento da empresa está obsoleta e, especialmente nos casos dos serviços, é importante estar onde e quando o cliente precisa.

O objectivo é a concessão do crédito habitação, mas também que o processo seja o mais simples e cómodo para quem o contrata, porque comprar casa deve ser a realização de um sonho, não uma complicação.

5.    A liberdade de não ter produtos adicionais

Liberdade é cada vez mais uma palavra de ordem quando se fala de direitos do consumidor, e no caso do crédito habitação passa por não ter de lidar com produtos acessórios num momento em que o que interessa é comprar casa e não falar em PPR, fazer um novo cartão de crédito ou subscrever um novo produto bancário para aceder a uma redução de spread que até pode não representar uma poupança na totalidade do empréstimo. Porque o spread é um custo entre outros, e para ter noção da globalidade dos custos tem de se olhar antes para o MTIC e TAEG.

E falamos de liberdade num sentido mais profundo porque a subscrição desses produtos faz com que as condições de financiamento acordadas fiquem dependentes desses produtos para a totalidade do empréstimo. O que significa que, se a qualquer momento o cliente desejar cancelar um dos produtos contratados, se arrisca a ver o spread contratado a passar para o valor do spread base.

Por isso, cada vez mais os clientes querem focar-se naquilo que verdadeiramente lhes interessa: no crédito habitação.

6.    Abertura só da porta da nova casa, de nova conta não

Hoje em dia, já não faz sentido ter de trocar de banco ou abrir uma nova conta para se ter acesso a um crédito habitação. Passar por esse processo burocrático, já para não falar dos custos e do trabalho de alterar débitos directos e afins, é um mau uso de recursos. Faz sentido que o cliente trabalhe o crédito habitação com a entidade que lhe faz a proposta mais adequada às suas necessidades, e que as prestações possam ser cobradas em qualquer conta que o cliente tenha.

É uma mudança de mentalidade necessária, que mais uma vez foca a conversa naquilo que interessa, o crédito habitação, acabando com a visão de produto âncora que a banca tradicional tem perpetuado.

Estas seis tendências apontam o caminho para o crédito habitação do futuro, com soluções mais focadas nas reais necessidades dos clientes e não naquilo que interessa à banca tradicional, resultando num processo centrado no essencial e com menos obrigações acessórias para os clientes