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Covid-19: Mais de 80 marcas portuguesas criam associação para "salvar" retalho e restauração

22 de abril de 2020

Seguindo lema de que a «A união faz a força”, mais de 80 marcas portuguesas juntaram-se para formar uma nova associação para “salvar as empresas de retalho e restaurantes através da flexibilização das rendas pagas aos proprietários, IVA em prestações e prorrogação do ‘lay off’”.

Em comunicado, a nova entidade, a Associação de Marcas de Retalho e Restauração de Portugal, diz que representa cerca de dois mil milhões de euros de volume de negócios e mais de 20 mil postos de trabalho.

 

Numa primeira acção, a nova associação enviou ao Ministério da Economia um documento com “nove medidas urgentes” que pretendem evitar o despedimento definitivo de grande parte dos seus 100.000 empregados directos e 200.000 indirectos.

Os associados lembram que estrutura nasceu num contexto em que o fecho das lojas físicas que se impôs na sequência das orientações da Direcção Geral da Saúde e das medidas impostas pelo Governo, tendo levado a uma quebra abrupta do consumo e à preocupação do sector retalhista.

Segundo os porta-vozes e fundadores da associação, Miguel Pina Martins e Nuno Carvalho, “as rendas são uma variável pesadíssima nos negócios e por isso é imperativo que o Governo legisle sobre os contratos de utilização de espaço comercial, em centro comercial, e reconheça que não podem ser abrangidos pelas regras” em vigor.

“Relativamente aos contratos de arrendamento não habitacional, é crítico que o Governo legisle sobre a necessidade de carência das rendas no período de encerramento total ou parcial da actividade – só assim teremos bases de entendimento com os proprietários e condições para preparar as nossas empresas para a retoma”, referem.

 

“Evitar a insolvência de mais de 500 empresas directas e de 1.000 empresas indirectas”

Para as diferentes empresas associadas, esperando uma retoma lenta e progressiva, é essencial solucionar as medidas de alívio fiscal e, sobretudo, fazer chegar dinheiro às empresas.

Segundo os responsáveis, a nova associação nasceu de contactos informais entre empresários “que partilhavam experiências de gestão nestes difíceis tempos de crise provocados pela covid-19” e rapidamente gerou interesse de várias marcas de norte a sul do país e levou à criação da nova associação.

Representando, para já, mais de 85 marcas, a associação tem como missão representar, juntos dos decisores políticos e parceiros de negócio, os interesses das marcas associadas, numa abordagem única e construtiva.

A associação acredita que a adopção urgente destas medidas contribuirá para evitar o entupimento dos tribunais “com milhares, senão mesmo dezenas de milhares de processos, e evitar a insolvência de mais de 500 empresas directas e de 1.000 empresas indirectas” e diminuir “significativamente” a perda de receita fiscal e encargos da Segurança Social.

Lusa/DI