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Century 21 Portugal registou uma facturação superior a 89 milhões de euros em 2023

27 de março de 2024

No ano passado, a Century 21 Portugal registou, ao longo do ano, um desempenho positivo em vários indicadores-chave. “Apesar da incerteza no mercado imobiliário português ter marcado o primeiro trimestre de 2023 e assombrado grande parte do ano - com as taxas de juro e a instabilidade económica global a afectar a confiança dos consumidores -, os restantes trimestres foram de recuperação, com vários dos principais indicadores a acelerar” refere a rede de mediação imobiliária em comunicado.

Adianta que a “partir do segundo trimestre, a Century 21 observou uma recuperação, com um aumento consistente nas vendas e no preço dos imóveis. Este aumento foi impulsionado por uma série de factores, como a forte procura de imóveis em território nacional”.

“Entre Janeiro e Dezembro de 2023, a Century 21 Portugal registou uma facturação superior a 89 milhões de euros, com o último trimestre do ano a ficar marcado por uma forte aceleração. Enquanto em 2022, a facturação foi muito homogénea em todos os trimestres, em 2023, apesar de haver uma queda no 1.º trimestre, a facturação dispara no quarto trimestre: o ano acaba com um crescimento homólogo de 3%. A recuperação da facturação no último trimestre fez mesmo com que se ultrapasse todos os trimestres de 2022” - adianta o comunicado.

O volume de vendas em que a rede esteve envolvida – e, apesar de uma ligeira descida de 3% em comparação com os 3.773 milhões de euros do ano anterior -, registou uma recuperação constante de trimestre para trimestre: no segundo trimestre acelerou 8,5% em comparação com o trimestre anterior; o terceiro voltou a registar uma subida (3,2%); e, no último trimestre de 2023, a subida ultrapassou os 10% (10,7%). Em comparação com o último trimestre de 2022, a aceleração no último trimestre foi tão forte que disparou 9%, para os 1.018 milhões de euros.


Ricardo Sousa, CEO da Century21 Portugal


Ricardo Sousa, CEO da Century21 Portugal, explica as contingências e condicionantes em que decorreu a actividade ao longo de 2023, ouça-mo-lo:

“No primeiro trimestre, as altas taxas de juro e as expectativas de aumento representaram um desafio, afectando a confiança dos consumidores e levando muitas pessoas a desistir de comprar casa. Contudo, a capacidade de adaptação dos agentes da Century 21 permitiu não só enfrentar este cenário, mas também alcançar excelentes resultados na recta final do ano. Este período evidenciou a importância da agilidade e da inovação no sector imobiliário, ressaltando o papel vital dos profissionais imobiliários em tempos incertos”, explica, destacando ainda o valor dos imóveis em venda e aquilo que são os rendimentos das famílias portuguesas.

Esta realidade pode ser confirmada através da intensificação que se registou dos níveis elevados de procura de soluções habitacionais, que contrastaram com uma escassez de imóveis cada vez mais acentuada e uma oferta ainda mais desajustada da capacidade financeira dos portugueses. Em 2023, o valor de venda de habitações manteve uma trajectória ascendente. Olhando para este indicador, em 2023, o preço médio de venda aumentou 9,2% em comparação com 2022, passando de 187.900 euros para 205.144 euros.

“A enorme escassez de imóveis tem vindo a notar-se cada vez mais no mercado. O aumento crescente do preço médio dos imóveis, que já estavam em níveis incomportáveis para a maioria das famílias portuguesas, continuou a ser uma tendência. As famílias continuam a querer comprar e arrendar casa, mas existe uma grande lacuna entre a oferta existente e o que podem pagar”, reforça ainda Ricardo Sousa.


Perspectivas para o futuro

A Century 21 Portugal - sublinha o comunicado - está confiante que o mercado imobiliário português continuará a crescer nos próximos anos. A empresa espera manter o ritmo de crescimento e aumentar a quota de mercado.

“Estamos confiantes quanto ao futuro do mercado imobiliário português e a posição estratégica da Century 21 para maximizar as oportunidades que surgem. Com a expectativa de estabilização das taxas de juro e a continuação da dinâmica positiva no mercado de trabalho, antecipamos um aumento nas transacções imobiliárias em Portugal ao longo de 2024. Esta visão sustenta a nossa confiança no crescimento sustentável do sector”, destaca Ricardo Sousa, CEO Century21 Portugal.


Os desafios colocados pelo mercado...

Os indicadores da Century 21 Portugal apontam para uma estabilização dos preços das casas, “pelo que não são expectáveis descidas”. Contudo, é fundamental ter em atenção a evolução do mercado de emprego em Portugal e os factores geopolíticos internacionais, tendo em conta que são variáveis que podem rapidamente alterar as tendências do mercado residencial e da economia portuguesa.

É igualmente importante  - refere a rede - “ter em conta a análise de quatro dinâmicas: A primeira é a estabilidade no mercado de trabalho, onde a taxa de desemprego se mantém em torno de 7%, o que proporciona uma base sólida para que famílias e jovens possam participar activamente do mercado imobiliário, tanto na compra como no arrendamento.

A segunda dinâmica prende-se com as condições de acesso a crédito habitação. A perspectiva de estabilização e descida das taxas de juros já está a ter impacto desde o final do ano passado nas Euribor, assim como a revisão da regra macroprudencial - que reduziu de 3% para 1,5% a taxa stressada. O que está a conferir aos portugueses uma capacidade de compra reforçada e abre caminho para uma fase de maior acessibilidade ao crédito e habitação.

Quanto à terceira dinâmica, referente ao programa Simplex para licenciamento urbano, apesar de ainda precisar de ajustes, tem potencial para aumentar a oferta habitacional a curto e médio prazo. O que acontece tanto através da regularização de imóveis antes indisponíveis para venda como pela agilização de novos projectos de construção. Contudo, é essencial clarificar e ajustar este processo para assegurar a segurança jurídica e a protecção do consumidor.

Por último, refere a Century 21, “a procura internacional mantém-se dinâmica, com Portugal a consolidar-se como destino de eleição, mesmo face às alterações nos programas de incentivo à residência”.